EVANGELHO DE SEGUNDA FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2012‏

a da bolsa de dinheiro e costumava tirar do que punham nela. Então Jesus respondeu: - Deixe Maria em paz! Que ela guarde isso para o dia do meu sepultamento. Os pobres estarão sempre com vocês, mas eu não estarei sempre com vocês. Muitas pessoas ficaram sabendo que Jesus estava em Betânia. Então foram até lá não só por causa dele, mas também para ver Lázaro, o homem que Jesus tinha ressuscitado. Então os chefes dos sacerdotes resolveram matar Lázaro também; pois, por causa dele, muitos judeus estavam abandonando os seus líderes e crendo em Jesus

REFLEXÃO

Apesar de saber que estavam à procura de Jesus, Maria, Marta e Lázaro o recebem em sua casa e lhe oferecem de comer. Era perigoso acolher em casa una pessoa procurada e lhe oferecer de comer. Mas o amor faz superar o medo. •  Maria unge Jesus. Durante a refeição, Maria unge os pés de Jesus com meio litro de perfume de nardo puro . Era um perfume caro, aliás caríssimo, que custava trezentas moedas. Enxuga-lhe depois os pés com seus cabelos. A casa toda ficou cheia de perfume. Maria não diz nada durante o episódio. Só age. O gesto cheio de simbolismo fala sozinho. Lavando os pés, Maria torna-se serva. Jesus repetirá este gesto na última ceia .  Reação de Judas. Judas critica o gesto de Maria. Pensa que é um desperdício. De fato, trezentas moedas eram o salário de trezentos dias de trabalho! O salário de um ano inteiro jogado fora em poucos minutos! Judas pensa que o dinheiro deveria ter sido usado em benefício dos pobres. O evangelista comenta que Judas não tinha nenhuma preocupação com os pobres, mas que era um ladrão. O grupo tinha uma caixa comum e ele roubava o dinheiro. Juizo forte que condena Judas. Não condena a preocupação pelos pobres, mas a hipocrisia que se serve dos pobres para se promover e se enriquecer. Judas, em seus interesses egoistas, pensava só ao dinheiro. Por isso não percebe o que se passava no coração de Maria. Jesus lê o coração e defende Maria. • :  Jesus vê o gesto e defende a mulher: "Deixai-a; ela fez isso em vista do dia de minha sepultura!" E logo em seguida Jesus afirma: "Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, sem sempre me tereis!" Dos dois, qual vivia mais próximo de Jesus: Judas ou Maria? Judas, o discípulo, vivia com Jesus há una três anos, vinte e quatro horas por dias. Fazia parte do grupo. Maria via-o uma ou duas vezes por ano, por ocasião de algumas festas, quando Jesus ia a Jerusalém e visitava a sua casa. Mas a convivência sem amor não leva a conhecer os outros. Aliás deixa-os cegos. Judas era cego. Muitas pessoas vivem com Jesus e o louvam até com muitos cantos, mas não o conhecem e não o revelam (. Mt 7,21).Duas afirmações de Jesus merecem um comentário mais detalhado: (a) "Pobres, sempre os tereis convosco", e (b) "Deixai-a; ela fez isso em vista do dia de minha sepultura". (a) "Pobres, sempre os tereis convosco" Será que Jesus quer dizer que não devemos nos preocupar com os pobres, visto que haverá sempre pobres? Ou quer afirmar que a pobreza é um destino imposto por Deus? Como entender esta frase? Naquele tempo as pessoas conheciam o Antigo Testamento de cor. Era suficiente que Jesus citasse o início de uma frase do AT e as pessoas já sabiam o resto. O início da frase dizia: "Pobres, sempre os tereis convosco!" (Dt 15,11a). O resto da frase que as pessoas já sabiam e que Jesus quis lembrar era este: "Por isso vos ordeno: abri a mão em favor do vosso irmão, do pobre e do indigente, na terra onde morais!" (Dt 15,11b). De acordo com este preceito da lei, a comunidade deve acolher os pobres e partilhar com eles seus bens. Mas Judas, em lugar de "abrir a mão em favor do pobre" e de partilhar com ele seus bens, queria fazer a caridade com o dinheiro dos outros! Queria vender o perfume de Maria por trezentas moedas e usá-los para ajudar os pobres. Jesus cita a Lei de Deus que ensina o contrário. Quem, como Judas, faz campanha com o dinheiro da venda dos bens dos outros, não incomoda. Mas aquele que como Jesus insiste na obrigação de acolher os pobres e de partilhar com eles os próprios bens, este atrapalha e corre o perigo de ser condenado.  "Deixai-a; ela fez isso em vista do dia da minha sepultura". A morte na cruz era um castigo terrível e exemplar utilizado pelos romanos para castigar os subversivos que se opunham ao império. Uma pessoa condenada à morte na cruz não era sepultada e não podia ser ungida, e ficava pregada à cruz até que o cadáver era comido pelos animais, ou recebia uma sepultura como indigente. Além disso, para a lei do Antigo Testamento, devia ser considerada "amaldiçoada por Deus" (Dt 21, 22-23). Jesus já tinha sido condenado à morte na cruz pelo seu compromisso em favor dos pobres e por sua fidelidade ao Projeto do Pai. Não teria sido sepultado.  Para uma avaliação pessoal :Maria foi mal interpretada por Judas. Já foste mal interpretado alguma vez?  O que nos ensina o gesto de Maria? 
ORAÇÃO
Pai Amado! Teu filho,  após a morte, não podia ser ungido. Sabendo disso, Maria antecipa a unção e o unge antes de ser crucificado. Com este gesto, demonstra que aceitava Jesus Messias, também se pregado na cruz! Jesus entende seu gesto a aprova.  Ser amigo de Jesus podia ser perigoso. Lázaro está passando por um sério perigo de morrer por causa da vida nova recebida por Jesus. Os judeus decidem  matá-lo. Um Lázaro vivo era a prova evidente que Jesus era o Messias. Por isso a multidão o procurava, porque o povo queria experimentar de perto o poder de Jesus. Uma comunidade viva corre perigo de vida porque é a prova viva da Boa Nova de Deus! Quantos morreram por não abrirem mão de sua fé em Jesus?Vale a pena morrer por Jesus, porque com ele existe a certeza da ressurreição. Obrigada por teu supremo amor pela humanidade ao enviar teu filho para nos salvar. Amém