BRASÍLIA - O Ministério da Educação anunciou nesta quinta-feira mudanças na correção da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A nota da prova, que vai de zero a 1000, é calculada a partir da avaliação de dois corretores diferentes. No Enem deste ano, se a diferença entre os dois for superior a 200 pontos, um terceiro corretor será chamado. Se mesmo assim a diferença persistir, a correção será feita por uma banca com três membros.
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No Enem de 2011, um terceiro corretor foi chamado apenas quando a diferença era superior a 300 pontos. É a segunda redução feita pelo MEC, uma vez que a diferença mínima era de 500 ponto até 2010. Além disso, até o ano passado o terceiro corretor era a instância final, não havendo a possibilidade de uma nova avaliação por uma banca caso a diferença persistisse.
Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, as mudanças permitirão aperfeiçoar o exame.
- Redação tem sempre subjetividade e precisamos de segurança no processo de correção - afirmou Mercadante.
- Isso nos dá mais segurança na aplicação do Enem - acrescentou.
A mesma regra também vai valer caso haja uma diferença superior a 80 pontos em pelo menos uma das cinco competências que compõem a redação. Cada uma das cinco competências vale 200 pontos e a soma delas totaliza os mil pontos da nota máxima da redação. O guia detalhado com as explicações da correção da prova de redação e outras informações ficará disponível em junho no site do Inep.
Mercadante também anunciou que o banco de dados da prova objetiva aumentou, mas reconheceu que é preciso melhorar ainda mais nesse ponto e que tal processo demanda tempo. Ele também disse que não poderia informar quantos questões compõem o banco atualmente.
- Temos que aumentar o banco de dados. Precisamos de tempo para que isso aconteça - afirmou o ministro.
Como medida de segurança, há ainda uma lista de 3439 itens - referentes à toda operação do exame - que devem ser observados e checados durante o processo. No último Enem, houve o vazamento de questões da prova para alunos de uma escola particular de Fortaleza, que haviam participado de um pré-teste do exame. Parte das questões a que eles tinham respondido foram novamente usadas na prova. Mercadante disse que houve mudanças para que o erro não se repita, mas não quis detalhá-las, alegando motivos de segurança.
- Mudamos nossa metodologia para ter mais segurança no pré-teste. Esse risco hoje não está presente - disse o ministro.
Também foi aumentada a nota de corte para quem usa o Enem como certificação de que tem o Ensino Médio. Antes, era de 400 pontos em cada área do conhecimento, e passa a ser de 450 agora. Já a nota de corte da redação continua a mesma: 500.
Este o ano, o Enem será aplicado nos dias 3 e 4 de novembro, em todos os estados e no DF. As inscrições poderão ser feitas a partir de 28 de maio e terminarão em 15 de junho. O prazo final para o pagamento da inscrição é 20 de junho, estando isentos os alunos de escolas públicas e os candidatos de baixa renda. A divulgação das provas objetivas é 7 de novembro e a divulgação dos resultados individuais é 28 de dezembro.
Segundo o MEC, as provas deste anos envolverão o trabalho de 400 mil pessoas e vão ser aplicadas em 140 mil salsa de aula. A distribuição da prova terá 9.728 rotas e ficará a cargo dos Correios. A previsão do ministério é que haja entre 5,8 milhões e 6,1 milhões de inscritos no Enem deste ano. Em 2011, foram 5,4 milhões.
O Enem é usado como vestibular em várias universidades públicas brasileiras, e é obrigatório para quem deseja obter uma bolsa em universidade particular pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), ou para quem quiser financiamento pelo Fies. A nota do Enem também é critério para a concessão de bolsas no programa Ciência Sem Fronteiras.
FONTE:
http://br.noticias.yahoo.com/mec-muda-crit%C3%A9rio-corre%C3%A7%C3%A3o-reda%C3%A7%C3%A3o-enem-204822630.html
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