Folhapress | 23h09 | 03.09.2013
Para ele, não existe qualquer 'ilusão' de que os EUA espionam o governo brasileiro sob a justificativa de monitorar eventuais ataques terroristas
O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) afirmou nesta terça-feira (03) que todas as explicações dadas pelos Estados Unidos ao governo brasileiro decorrente das revelações de espionagem no país "revelaram-se falsas". Segundo ele, o Brasil espera alguma "explicação razoável", sobretudo diante das recentes suspeitas de espionagem contra a presidente Dilma Rousseff.
De acordo com documentos divulgados pelo jornalista Glenn Greenwald, fornecidos pelo técnico em informática Edward Snowden, que trabalhou para a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA durante os últimos 4 anos, milhões de telefones e de dados de usuários de internet em todo o mundo foram monitorados. Até a presidente Dilma Rousseff teria sido alvo da espionagem norte-americana.
De acordo com documentos divulgados pelo jornalista Glenn Greenwald, fornecidos pelo técnico em informática Edward Snowden, que trabalhou para a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA durante os últimos 4 anos, milhões de telefones e de dados de usuários de internet em todo o mundo foram monitorados. Até a presidente Dilma Rousseff teria sido alvo da espionagem norte-americana.
"Não, não deram nenhuma explicação razoável [os EUA]. Aliás, todas explicações que nos foram dadas desde o início desses episódios revelaram-se falsas. As explicações que nós recebemos da embaixada e depois as visitas que nossas equipes fizeram aos EUA, os acontecimentos posteriores mostraram que não se sustentavam as alegações que nos apresentaram. Portanto, nós continuamos esperando as explicações", disse o ministro.
Bernardo também classificou a ação norte-americana como "injustificável", mas disse que qualquer opinião no governo sobre ir ou não a Washington em outubro, em visita de Estado,cabe à presidente e a sua equipe diplomática. "Eu acho que o governo fez parece adequado, exigir explicações do governo americano", afirmou.
"Eu acho que a diplomacia é o caminho para resolver isso. Isso é um embaraço que eles nos causam, assim como eles estão causando para outros países, para o México, para a Alemanha, para a França. O mundo civilizado está com certeza estarrecido com essa saliência", disse ainda.
Para ele, não existe qualquer "ilusão" de que os EUA espionam o governo brasileiro sob a justificativa de monitorar eventuais ataques terroristas. "É uma espionagem com um caráter comercial, industrial, interesse em saber questões como o pré-sal e outras de peso econômico ou de peso comercial. Portanto, é mais grave do que fica parecendo à primeira vista."
FONTE:
http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=365824
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