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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Clientes pagaram mais por empréstimos

COM A GREVE DE BANCOS

Clientes pagaram mais por empréstimos

30.10.2013

O saldo de operações com cheque especial, por exemplo, cresceu 4,3%, maior alta entre as opções disponíveis
Brasília. Ao se depararem no mês passado com os bancos fechados por causa da greve, os correntistas dos bancos acabaram apelando para modalidades mas caras de crédito, apontam dados divulgados ontem pelo Banco Central. O saldo de operações com cheque especial, por exemplo, cresceu 4,3%, maior expansão entre as modalidades disponíveis para os consumidores. O rotativo do cartão, no qual entram saques e faturas que não foram pagas na data, teve o segundo maior crescimento, de 2,8%. Nos meses anteriores, essas linhas vinham crescendo a uma taxa mensal de 1%.

Com a greve, os clientes também tiveram dificuldade em acessar linhas de crédito com juros mais baixos, como o consignado e o imobiliário FOTO: NEYSLA ROCHA

Os números mostram também que, em setembro, a taxa de juros do crédito livre subiu pelo quarto mês seguido, para 37,2% ao ano, maior porcentual em 17 meses. Esse movimento reflete a elevação da taxa de juros básica da economia, a Selic, para 9,5% ao ano. As taxas podem ter sido influenciadas também pelo fato de os clientes haverem contratados empréstimos mais caros.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse que a greve reforçou uma tendência que já era observada, a do crescimento moderado do crédito. Em setembro, o saldo das operações de crédito aumentou 0,8%, o que é uma taxa menor do que a observada em meses anteriores. "É uma expansão moderada, em ambiente de estabilidade de inadimplência e de elevação das taxas de juros, em linha com o ciclo de aperto monetário", destacou.

Ele reconheceu que os clientes tiveram mais dificuldade de acessar as linhas de crédito com juros mais baixos, como o consignado e o imobiliário. A contratação desses empréstimos dependem da ida das pessoas aos bancos. Essas duas linhas apresentaram um desempenho abaixo do padrão no mês de setembro.

Inadimplência

A inadimplência voltou a subir, de 3,2% para 3,3%, depois de cair por três meses seguidos, mas ainda está nos menores patamares em três anos. "Essa melhora reflete o crescimento da renda, a consciência em termos financeiros. E, por parte dos bancos, houve um aprendizado, com maior seletividade na concessão e mais critérios em termos de garantia e seleção do cliente", disse Maciel.

Em tese, outubro poderá apresentar os mesmos reflexos, uma vez que a greve se estendeu até o dia 11. Maciel afirmou, no entanto, que existe a possibilidade de que os consumidores estejam correndo para regularizar a situação neste fim de mês, o que pode minimizar o impacto da greve sobre os dados do mês.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, afirmou que a greve não é a principal explicação para a alta dos juros e a desaceleração do crédito. "Nem todas as transações eletrônicas, na internet ou nos caixas, são exclusivamente para cheque especial", disse.

Juros do cheque especial vão a 144,2%

Brasília.
 A taxa de juros do cheque especial subiu 4,4 pontos percentuais, de agosto para setembro, ao alcançar 143,3% ao ano, de acordo com dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). Essa é a taxa mais alta desde julho do ano passado - 144,2% ao ano.

Entre as modalidades do crédito com recursos livres para pessoas físicas divulgadas pelo BC, a taxa do cheque especial é a mais alta. A taxa do crédito pessoal, incluídas operações consignadas em folha de pagamento passou de 39,7% ao ano para 40,4% ao ano, aumento de 0,7 ponto percentual.

Veículos

A taxa para a compra de carros, subiu 0,3 ponto percentual - de 20,9% para 21,2% ao ano. Para a compra de outros bens, o aumento ficou em 0,8 ponto percentual, passando de 67,6% para 68,4% ao ano. No caso das operações de arrendamento mercantil (leasing) de carros, houve queda de 1,1 ponto percentual para, variando de 12,1% para 11% ao ano.

Alta era esperada
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse que os juros do crédito vêm subindo de forma gradativa nos últimos meses, mas que essa alta já era esperada. E culpou a greve dos bancários, que começou na segunda quinzena do mês, por parte das altas verificadas. 


FONTE
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1333038

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