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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Entre as 16 guerreiras, uma cearense

HANDEBOL

Entre as 16 guerreiras, uma cearense

24.12.2013

Elaine Gomes integrou a seleção que fez história ao ganhar o primeiro mundial para o Brasil no último domingo
A seleção brasileira de handebol contou com um time de guerreiras na campanha que culminou, domingo passado, 22, na inédita conquista do título de campeã mundial na Sérvia. E uma guerreira cearense fez parte dessa campanha e entrou para a história da modalidade. Falamos da pivô Elaine Gomes Barbosa, que com a sua garra ajudou as companheiras a superarem os obstáculos até o topo do pódio.

Pivô cearense integrou a seleção brasileira campeã mundial na Sérvia Foto; Folha Press/EFE

Elaine, 21 anos, que começou no handebol na escolinha do Colégio Professor Manuel da Silva, com o técnico Gerardo Marcílio, passou pelos times do Criciúma e Blumenau, de Santa Catarina, e hoje atua pelo Força Atlética, de Goiás, desembarca, hoje, à noite - 23h30 (horário de Fortaleza) no Aeroporto Pinto Martins, para festejar a conquista junto com os seus familiares.

Por telefone, a reportagem entrou em contato ontem com o pai de Elaine, o senhor Edvar Gomes. Ele revelou ter assistido a dois jogos do Mundial, a semifinal Brasil x Dinamarca, e a final, quando as brasileiras encararam a seleção da casa, a Sérvia, à qual venceram por 22 a 20.

"O meu sentimento após o jogo final e a vitória do Brasil foi de missão cumprida daquele time de guerreiras. E de felicidade por minha filha, também uma guerreira, fazer parte daquela equipe", descreve Edvar.

E o pai-coruja acrescenta: "eu, e a mãe dela - dona Lúcia -, sempre acreditamos no potencial da Elaine e demos apoio total quando ela começou a praticar o handebol no colégio".


Destaque
O professor Gerardo Marcílio, primeiro técnico de Elaine no Colégio Professor Manuel da Silva, revelou que ela ainda praticou futsal e vôlei, mas se destacou mesmo no handebol e acabou indo para a escolinha. "Elaine ajudou nossa escola a conquistar o tricampeonato estadual em 2005, 2006 e 2007e o bicampeonato dos Jogos Olímpicos Escolares em 2005 e 2006", revela o professor Gerardo Marcílio.

Na fase nacional dos Jogos Escolares 2006, a atleta chamou a atenção de "olheiros" de Santa Catarina, que a levaram para uma escola em Criciúma/SC.

Receio
Seu Edvar seu sentimento inicial de aflição aos poucos foi se desfazendo. "A princípio ficamos preocupados com a viagem dela para Criciúma, pois estava só com 14 anos. Mas nos certificamos de que não haveria problemas e concordamos que ela viajasse".

Em Criciúma, Elaine passou quatro anos e ganhou vários títulos. Depois foi para uma equipe de Blumenau. E de lá, após dois anos, seguiu para o time do Força Atlética, de Goiânia/GO, onde ela se encontra até hoje.

Seleção
Após muitos gols e títulos, veio a primeira convocação da então armadora esquerda Elaine para a seleção brasileira cadete, em 2008. Ela disputou o Pan-Americano e foi campeã. E ainda na seleção ganhou os títulos pan-americanos juvenil e júnior.

No ano de 2009, Elaine conheceria o técnico Morten Soubak, da seleção adulta, que a convocou para o Mundialito juvenil, onde o Brasil foi terceiro lugar.

E foi Morten que sugeriu à cearense, na época ainda jogando em Blumenau, que mudasse de posição. "Com sua agilidade e rapidez, você terá grandes resultados atuando como pivô", aconselhou o dinamarquês Soubak.

E no Força Atlética, com o técnico Jorge Castilho, Elaine, que em 2012 foi campeã da Copa Brasil, evoluiu, chegou à seleção adulta e entrou para a história desse esporte. Aliás, em Goiânia, Elaine cursa Educação Física na faculdade Estácio de Sá.

SAIBA MAIS
Novo patamar
A base do handebol brasileiro terá em Blumenau (SC) um Centro de Desenvolvimento. O investimento será de R$ 2 milhões, bancados pelo governo federal

Investimento na base
A Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) tem um orçamento anual de R$ 23 milhões, mas o dinheiro dos patrocínios de maior vulto destina-se à seleção adulta. "Precisamos fazer o trabalho de renovação para dar suporte", afirma Roberto Negrão, diretor técnico das seleções de base

Adorável louco
O treinador Sérgio Hortelan, que foi auxiliar do técnico da seleção campeã do mundo, Morten Soubak, por quatro anos no time masculino do Pinheiros, diz que seu ex-colega só tem um defeito: "ele é um pouco louco. A gente não conseguia entender como um treinador dinamarquês é capaz de largar um lugar no qual o handebol é o segundo esporte mais popular, com alto investimento, e vir parar no Brasil"

Moacir FélixRepórter 

FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE

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