NOVA VACINA
Avanço em pesquisa contra ebola
08.09.2014
O estudo publicado sobre o medicamento foi o primeiro a relatar "imunidade durável" contra a doença
Nova York Uma vacina experimental contra ebola, similar à desenvolvida pela GlaxoSmithKline, foi bem-sucedida por pelo menos cinco semanas em macacos de laboratório, mas precisa de uma vacina adicional para estender a sua proteção para 10 meses, de acordo com um estudo publicado ontem.
As descobertas oferecem uma primeira dica de qual vacina contra o ebola em desenvolvimento será efetiva e de que forma.
Johnson & Johnson e NewLink Genetics também estão entre as firmas que estão acelerando os esforços para fornecer vacinas e tratamentos para o ebola, enquanto a pior epidemia do vírus atinge o oeste da África, matando mais de 2 mil pessoas.
Os resultados do novo estudo sugerem, por exemplo, que a vacina da GSK sendo testada em voluntários saudáveis vai proteger contra a infecção do ebola em curto prazo, mas talvez não seja suficiente para uma proteção mais longa.
O estudo, publicado na Nature Medicine, é o primeiro a relatar que uma vacina produziu uma "imunidade durável" contra o ebola, protegendo por 10 meses um total de quatro macacos utilizados na pesquisa.
A vacina usa um adenovírus de chimpanzé, muito próximo ao de um humano, que trata infecções respiratórias, no qual os cientistas emendaram um gene de ebola.
O adenovírus infecciona as células do animal vacinado, fazendo-o absorver o gene e produzir proteínas de ebola. Com isso, o sistema imunológico consegue atacar as proteínas do vírus do ebola quando a infecção ocorre.
Pesquisas
A vacina em estudo é similar às que estão sendo desenvolvidas pela GSK, que começou testes de segurança em humanos na última terça-feira, e pela J&J, que pretende começar testes de segurança no começo de 2015. Uma terceira vacina experimental contra o ebola utiliza um sistema diferente dos demais, um patógeno chamado vírus da estomatitie vesicular (VSV).
A versão desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá, e licenciada para a NewLink Genetics, deve ser testada em voluntários saudáveis neste outono. A Profectus BioSciences também está desenvolvendo uma vacina dessas.
Precauções
O presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou, ontem, em entrevista, que os EUA precisam fazer mais para ajudar a controlar o surto de ebola na África Ocidental para impedir que se transforme numa crise global que um dia poderá ameaçar os norte-americanos.
Obama afirmou ao programa da rede de TV NBC "Meet the Press" que há pouca probabilidade de a epidemia, que já matou 2.100 pessoas em cinco países africanos, se espalhar para os EUA em curto prazo.
Mas ele acrescentou que pode haver complicações se Washington e outras potências não enviarem equipamentos urgentemente necessários, profissionais de saúde pública e outros suprimentos para a região afetada.
DIÁRIO DO NORDESTE
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