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Mecanismos de defesa não curamby José Batista de Carvalho |
Mecanismos
de defesa não curam. Na melhor das hipóteses, são curativos emocionais
que você põe sobre os ferimentos, como para estancar o fluxo do medo e
da dor. Tal como ocorre com os ferimentos físicos, mais cedo ou mais
tarde você precisa tirar os curativos para que a cura aconteça. Do
contrário, o ferimento se infecciona, e a dor se espalha.
O fortalecimento e a cura costumam começar com o afastamento de mecanismos de defesa como o medo,
negação, repressão, cinismo, raiva, controle, abuso de substâncias,
distúrbios alimentares, etc. As defesas garantem espaço, mas não o
curam, não o fortalecem e não resolvem seus problemas. Na verdade, podem
aumentar seus problemas, caso você insista em ficar com eles.
Um
mecanismo de defesa protege você de qualquer coisa “excessiva”, ou
seja, medo em demasia, dor em demais, tristeza em demasia, estresse em
demasia e também amor em demasia, alegria em demasia, criatividade em
demasia, Deus em demasia. Um professor que tive, disse certa vez, ‘O
homem se defende do medo porque se defende de Deus. Quando você diz
‘sim’ para Deus, o medo vai embora’.
Mecanismos de defesa são coisas do ego.
Quando você se defende, está defendendo seu ego, seus medos, suas
fraquezas imaginárias. Aquilo que você defende torna-se real, ou seja,
quanto mais você defende o seu ego, mais você se identifica com ele e
mais se abriga do verdadeiro espírito, da verdadeira inspiração e do
verdadeiro poder.
Dizer que as defesas o fortalecem é um mito. Não é possível ficar na defensiva e ser livre. Não é possível reprimir emoções e
se sentir íntegro. Não é possível erguer um muro à sua volta e se ligar
a Deus. Não é possível ficar ao lado do medo e também ficar aberto ao
amor.
Afastar as defesas abre caminho para a verdadeira cura, o verdadeiro amor
e a verdadeira força. Quando você sente alegria, está ouvindo seu
espírito. Não é o perigo que vem quando você abaixa suas armas. É a
cura. É a alegria. É a inspiração. É a liberdade.
Robert Holden
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