A atriz morreu após sofrer complicações pós-operatórias na terça, 20. Velório será aberto ao público no Memorial do Carmo, no Caju, nesta quarta, 21.
Luisa Girãodo EGO, no Rio
Yoná Magalhães (Foto: Zé Paulo Cardeal/ TV GLOBO) |
O corpo de Yoná Magalhães já está no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. A cremação está prevista para 13h30 no mesmo local nesta quarta-feira, 21. Filho único de Yoná, Marcos Mendes não quis falar com a imprensa ao chegar ao local e permaneceu dentro da capela reservada para o velório que será aberto ao público às 10h. Após ficar uns minutos com familiares, ele saiu e conversou com os jornalistas: "Minha mãe foi a primeira grande estrela desse produto chamado novela, tenho muito orgulho dela. A comoção é impressionante. Ela sempre foi muito otimista".
Em comunicado divulgado na manhã de terça-feira, 20, a Casa de Saúde São José informou que Yoná Magalhães morreu de complicações pós-operatórias. A atriz estava internada no hospital, que fica no Humaitá, na Zona Sul do Rio de Janeiro, desde 18 de setembro. Yoná deixa o filho Marcos Mendes, fruto de seu casamento com o produtor Luis Augusto Mendes.
Na internet, vários famosos lamentaram a morte da atriz. "Estou triste, mas vou lembrar sempre dela como uma mulher maravilhosa, linda, talentosa, corajosa e muito querida", falou Arlete Salles. "Isso é muito triste. Fiz minha primeira novela, 'Meu Bem, Meu Mal', com ela. A Yoná foi muito generosa comigo na época e ela sempre foi uma mulher muito discreta. Vai deixar saudade. Ela tem uma importância muito grande na dramaturgia. Deixo aqui minha homenagem", lembrou Fábio Assunção. "Uma das maiores atrizes desse país descansou. Fica conosco um carinho enorme e a lembrança do seu trabalho impecável. Muito respeito e admiração por essa pessoa incrível. Vá em paz, Yoná", disse Suzana Pires.
Velório de Yoná Magalhães
(Foto: Roberto Teixeira/EGO)
Trajetória
Yoná Magalhães foi contratada em 1965 e fez parte do primeiro elenco da TV Globo. Ela protagonizou a novela "Eu Compro Esta Mulher", em 1966, de Glória Magadan, onde formou o primeiro par romântico de sucesso da emissora com o ator Carlos Alberto
Em entrevista para o "Memória Globo", Yoná Magalhães contou que entrou para a vida artística para ajudar a família quando o pai ficou desempregado. “Eu tinha que ajudar de alguma maneira, não sabia muito como, queria continuar os meus estudos. Gostava de brincar de teatro, essas coisas que todo mundo faz. Então eu digo: ‘Quem sabe não é por aí, né?’ Fui fazendo pequenas pontas, pequenos papéis, isso em meados da década de 1950, até que consegui um contrato com a Rádio Tupi”, disse.Em 1985, Yoná integrou o elenco de "Roque Santeiro", de Dias Gomes e Aguinaldo Silva. A atriz interpretou a Matilde, dona da boate onde trabalham as dançarinas Ninon (Cláudia Raia) e Rosaly (Isis de Oliveira). Na época, ela recebeu o convite para posar nua na revista "Playboy". Na novela "O Outro", Yoná vive outra personagem exuberante, a Índia do Brasil.
Ela atuou ainda em quatro novelas de Walther Negrão: "Despedida de Solteiro", 1992, "Anjo de Mim", "Era uma Vez...", em 1998 e "Vila Madalena", em 1998. Em "Senhora do Destino", 2004, de Aguinaldo Silva, Yoná foi Flaviana, sogra de Giovanni Improtta (José Wilker).
Em "Paraíso Tropical", 2007, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, a atriz interpretou a ex-vedete Virgínia, mulher do malandro Belisário Cavalcanti (Hugo Carvana), com quem praticava pequenos golpes. Atuou ainda em "Negócio da China", 2008, "Cama de Gato", 2009. Em 2013, interpretou a decadente socialite Glória Paisem, em "Sangue Bom".
No cinema, ela foi dirigida por Glauber Rocha no filme "Deus e o Diabo na Terra do Sol", em 1964. No ano seguinte, ela trabalhou "Society em Baby-Doll" e atuou ainda em "Alegria de Viver", em 1962, de Watson Macedo, e "Pista de Grama", em 1958, de Haroldo Costa.
FONTE: EGO
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