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sexta-feira, 16 de março de 2018

Cantora faz clipe sobre masturbação feminina e tem vídeo removido do Youtube: ‘É censura’

Por Extra - A cantora Flaira Ferro se pronunciou contra a remoção do clipe “Coisa mais bonita” do Youtube. O vídeo foi excluído da plataforma após alcançar mais de 60 mil visualizações em 24 horas. No link que aponta a remoção, a plataforma avisa que o vídeo foi removido por “violar as políticas do Youtube sobre nudez ou conteúdo sexual.” A artista, no entanto, protestou contra a remoção:

“Depois de mais de 24 horas no ar, com mais de 60 mil visualizações, nosso clipe foi removido mesmo sem conter nenhum conteúdo de nudez ou violação de direitos. Não vão nos calar. Não me venham com tarja preta. Preciso de vocês. Vamos ‘geral botar’ agora a boca no trombone, na internet pedindo a volta do clipe. Pelo direito à liberdade de expressão. Censura nunca mais”.

A obra continua disponível em plataformas digitais como o Vimeo e o Facebook. Na rede social, o clipe ultrapassou 61 mil visualizações nesta quinta-feira. Num vídeo publicado em seu Instagram, a recifense contou que a obra tem a intenção de gerar reflexão sobre o prazer feminino.

“A mulher, quando vai se tocar, quando vai se estimular (...), isso não é visto como uma coisa bonita. olhar para o nosso clitóris como uma parte do corpo que merece respeito. Aprender a se dar prazer. Uma mulher que sabe se tocar vai saber, inclusive, dividir com seu parceiro ou com sua parceira como é melhor para ela a relação. Sexo é vida, é pulsão, e a sexualidade da mulher é importante na libertação e na cura dessa repressão do corpo feminino, que quando está a serviço do corpo masculino ele pode ficar nu, exposto. Mas quando a mulher está exposta ao seu poder e desejar, aí a bronca vem”, protestou a cantora.

Oito mulheres, de 27 a 57 anos, participaram das filmagens que ganharam os versos da canção: "Não tem coisa mais bonita / Nem coisa mais poderosa / Do que uma mulher que brilha / Do que uma mulher que goza". Segundo Flaira Ferro, as reações das mulheres ao estímulo era verdadeira.

"Todos os gozos e masturbações do clipe eram reais. Não tem nada fake ali. Foram seis meses estudando o que seria o clipe. muitas conversas com mulheres de várias lugares e contextos: negras, trans, lésbiscas, todos os lugares de fala. 
Queríamos entender o que a gente tem em comum com o universo feminino que é tão complexo. A gente não aprendeu a conhecer nosso corpo com liberdade. Quando a gente pensou no clipe, disse: vamos fazer com que o ato da masturbação, com que o gozo sejam reais (...) A câmera ficava montada e toda a equipe saia do lugar. Ela ficava só com a câmera. E a mulher se tocava, se dava prazer. Quisemos preservar ao máximo o momento da masturbação, o gozo".

A assessoria de imprensa do Youtube informa que não se pronuncia sobre assuntos específicos. Na tarde desta quinta-feira, no entanto, o vídeo estava na plataforma, com restrição de seu conteúdo a maiores de idade.
Veja o vídeo na íntegra:

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