Em alguns casos, a demanda pela teleconsulta aumentou sete vezes em 15 dias,
Regulamentada às pressas no País por causa do surto de covid-19, a telemedicina teve nas duas últimas semanas uma explosão em número de atendimentos. As consultas a distância entraram na rotina de hospitais, operadoras e clínicas. Em alguns casos, a demanda pela teleconsulta aumentou sete vezes em 15 dias, segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo com empresas que oferecem a modalidade.
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Por resistência principalmente de conselhos regionais de medicina, atendimentos online não eram permitidos no Brasil até março. No dia 19, com a escalada da covid-19 e a necessidade de reduzir a ida desnecessária a prontos-socorros, o Conselho Federal de Medicina (CFM) liberou, temporariamente, atendimentos virtuais para triagem e monitoramento de pacientes em isolamento. No dia 20, o ministério editou portaria em que regulamentava a prática.
Centros médicos que já ofereciam a modalidade mesmo sem aval do CFM tiveram alta expressiva. No Hospital Albert Einstein, o número de teleconsultas diárias saltou de 80 para 600. "Cerca de 450 delas são por sintomas de covid-19 e as outras 150 são de outras doenças. Estávamos com 100 médicos nesse projeto, mas estamos contratando e devemos chegar a 500", diz Sidney Klajner, presidente do Einstein.
Entre os pacientes que usam a plataforma de telemedicina do hospital estão beneficiários da Amil e da Care Plus. Na primeira, os atendimentos aumentaram seis vezes. Na segunda, o número de teleconsultas passou de 100 por mês para 100 por dia. "Já preconizávamos esse tipo de atendimento justamente em situações como essas, em que o deslocamento não é recomendado. Além da parceria com o Einstein para casos de pronto-atendimento, autorizamos todos os médicos credenciados a fazerem consultas a distância", diz Ricardo Salem, diretor médico da Care Plus.
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