As comunidades do Lagamar e Gengibre são algumas das mais afetadas pela ausência de cobertura de esgotamento sanitário.
Os dados indicam que os serviços básicos para manter uma higiene adequada e tentar se livrar de doenças chegam a maioria dos bairros, mas não a todos. No Lagamar, comunidade localizada no bairro Aerolândia e onde moram a assistente social Adriana Gerônimo, 30, e a dona de casa Regina Jaqueline Silva, 37, somente uma parte da área é atendida com rede de esgoto.
Jaqueline sempre teve o Lagamar como morada: "Saí da maternidade e vim para cá". A dona de casa traz na memória uma situação precária, que melhorou ao passar dos anos, mas segue longe de ser suficiente para, segundo ela, se "viver com dignidade". O esgoto mais perto da casa dela é o que fica a quase 30 metros, na esquina.
Adriana afirma que cumprir o isolamento social na comunidade é uma das dificuldades, porque "as casas são pequenas e sem circulação de ar". Segundo a assistente social, os moradores tentam reduzir os danos e se ajudam como podem: "Nós já sabemos de dois casos confirmados no Lagamar. Aqui, a rua é extensão da nossa casa. Tentamos fazer com que os materiais de higiene cheguem ao maior número de moradores. Se não tem sabão, imagina álcool. É artigo de luxo", revelou.
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) registrou 6.783 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no estado e 397 mortes em decorrência da doença. Os dados foram divulgados por meio da plataforma IntegraSUS às 17h17 desta segunda-feira (27). Há ainda outros 116 óbitos suspeitos que aguardam resultados de testes para saber se foram por Covid-19.
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https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2020/04/28/se-nao-tem-sabao-imagina-alcool-e-artigo-de-luxo-diz-moradora-da-periferia-de-fortaleza.ghtml
Moradores da Comunidade do Gengibre, no bairro Manuel Dias Branco, sofrem com a falta de estrutura — Foto:Natinho Rodrigues |
POR G1 CE
O Ceará é o terceiro com mais casos de Covid-19 confirmados no Brasil e é na periferia de Fortaleza que a taxa de mortalidade mais preocupa. Segundo a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), o município conta, atualmente, com 62,54% de cobertura de esgotamento sanitário e 98,65% de cobertura do serviço de abastecimento de água.Os dados indicam que os serviços básicos para manter uma higiene adequada e tentar se livrar de doenças chegam a maioria dos bairros, mas não a todos. No Lagamar, comunidade localizada no bairro Aerolândia e onde moram a assistente social Adriana Gerônimo, 30, e a dona de casa Regina Jaqueline Silva, 37, somente uma parte da área é atendida com rede de esgoto.
Jaqueline sempre teve o Lagamar como morada: "Saí da maternidade e vim para cá". A dona de casa traz na memória uma situação precária, que melhorou ao passar dos anos, mas segue longe de ser suficiente para, segundo ela, se "viver com dignidade". O esgoto mais perto da casa dela é o que fica a quase 30 metros, na esquina.
Adriana afirma que cumprir o isolamento social na comunidade é uma das dificuldades, porque "as casas são pequenas e sem circulação de ar". Segundo a assistente social, os moradores tentam reduzir os danos e se ajudam como podem: "Nós já sabemos de dois casos confirmados no Lagamar. Aqui, a rua é extensão da nossa casa. Tentamos fazer com que os materiais de higiene cheguem ao maior número de moradores. Se não tem sabão, imagina álcool. É artigo de luxo", revelou.
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) registrou 6.783 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no estado e 397 mortes em decorrência da doença. Os dados foram divulgados por meio da plataforma IntegraSUS às 17h17 desta segunda-feira (27). Há ainda outros 116 óbitos suspeitos que aguardam resultados de testes para saber se foram por Covid-19.
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