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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

QUEDA DO GIGANTE E quando não se pode contar com o Google?


QUEDA DO GIGANTE

E quando não se pode contar com o Google?

03.12.2012




Os serviços do buscador saíram do ar na última segunda, mostrando que armazenar só na nuvem não é suficiente
Sem e-mail. Sem reprodutor de vídeos. Sem bate-papo. Sem armazenador de arquivos. Sem serviços de tradução e mapas. Sem ferramenta de pesquisa. Teve gente que achou que os maias erraram os cálculos e o fim do mundo já havia chegado. Mas calma, a queda do Google na última segunda-feira (26) foi só um susto.

Por cerca de uma hora, usuários de todo o País movimentaram as redes sociais com reclamações e dúvidas acerca dos serviços fora do ar. No Twitter, os termos "O Google", "#voltagoogle" e "Gmail" apareceram na lista dos dez mais comentados do Brasil. Já no Facebook, os memes sobre a queda, envolvendo personagens e personalidades como Coronel Jesuíno e Nana Gouvêa, eram líderes de compartilhamento.

O Google declarou que soube das dificuldades enfrentadas por alguns usuários no acesso às suas ferramentas, mas negou ter encontrado defeitos em seus serviços ou sistemas. Como no Brasil foi percebido que os problemas aconteciam apenas com clientes de determinadas operadoras, a conclusão mais válida é a de que, na verdade, apenas alguns serviços de endereçamento foram interrompidos por um ou outro provedor.

O que foi impossibilitado, por algumas horas, foi a tradução do formato numérico de localização na rede para o famoso "www.google.com".

Vida na nuvem em xeque
A queda do Google e seus múltiplos serviços, mesmo que por pouco tempo, fez os usuários perceberem o quanto a vida moderna se organiza a partir dos mecanismos facilitados que a Internet oferece. Não se trata somente de entretenimento e diversão; até a dinâmica do trabalho se alterou. Mais do que em rede, conectada e comunicante, a vida hoje está em nuvem.

Conceitualmente, a nuvem é uma solução criada por algumas empresas para armazenar arquivos na Internet em computadores espalhados em vários países do mundo, como uma grande rede de HD´s virtuais. "Como você não sabe exatamente onde está o seu conteúdo, você diz que ele está nas nuvens", explica Riverson Rios, professor de Cibercultura da UFC.

Bosco Couto, sócio-diretor da Being Marketing, aponta a mobilidade, a rapidez e a acessibilidade aos arquivos armazenados como outros benefícios trazidos pela computação em nuvem. Munido apenas de conexão com a Internet, login e senha, o usuário é capaz de baixar e modificar seu conteúdo de onde estiver. Para Bosco Couto, quando levado para o lado profissional, isso pode significar um aumento de produtividade, já que "a nuvem transporta a informação para qualquer lugar de equipamentos diferentes".

Prejuízo
O problema, porém, é quando o serviço transforma-se no único ponto de depósito de conteúdos. Quando a nuvem fica fora do ar, "o usuário fica perdido", explica a professora Rafaela Lisboa, da área de Ciência Da Computação da Unifor. Trazendo a queda do Google para a esfera das milhares de empresas cuja base de comunicação está exclusivamente nos serviços oferecidos por ele, entra uma outra dimensão de prejuízo e produtividade afetada, expõe Bosco Couto. "Não se deve guardar todos os ovos no mesmo cesto", aconselha. Ou seja, para prevenir a paralisação total de atividades por ausência da nuvem, é necessário que usuários comuns e empresas tenham uma certa "redundância" e dupliquem suas ferramentas de armazenamento, utilizando tecnologia de nuvem oferecida por vários servidores, além de ter backups físicos na forma de discos rígidos. Como estratégia de segurança contra invasões e privacidade, o professor Riverson Rios também sugere a criptografia dos dados antes de subirem à nuvem.

Educação
Para Bosco Couto, as pessoas ainda precisam se educar para saberem utilizar essa ferramenta. Na opinião do também consultor de marketing, a onipresença da nuvem tenta os usuários a estarem sempre conectados, seja pelo computador da empresa, do tablet ou do smartphone. "É como se as pessoas andassem com pastas de trabalho o tempo todo", descreve. A situação também se repete no âmbito pessoal, através do status sempre online nas redes sociais.

´Ditadura´
Riverson concorda e acredita que, no que tange especificamente ao Google, existe uma espécie de "audiência inercial" em seus utilizadores. É como se a comodidade com o serviço oferecido impedisse a procura por empresas concorrentes ou equivalentes. "As pessoas acabam confiando demais e o que vale é aquele resultado que o Google dá. Você fica preso àqueles dez primeiros que aparecem na lista. Os seguintes vão sendo descartados. Fica uma ditadura do resultado da busca do Google", explica.

Conheça mais alternativas
"Se meu mundo caiu, eu que aprenda a levantar". Que tal seguir o conselho da Maysa, em sua célebre canção "Meu Mundo Caiu" e se preparar para a próxima vez que você não puder contar com o Google?

Na falta do Google, o Yahoo e o Bing, da Microsoft, são os mais lembrados serviços de busca da internet. Ambos podem oferecer resultados unicamente em português. O Hotmail é a alternativa mais comum ao serviço de e-mails do Google, o Gmail. Recentemente, a Microsoft transformou a oferta, integrando-a ao Outlook e mudando a interface de acordo com os novos lançamentos do Windows, deixando o antigo login do MSN mais leve e rápido de ser usado.

HD virtual
Enquanto o Google Drive está inacessível, uma opção viável é o similar Skydrive, também pertencente à Microsoft. O serviço também permite edições básicas em documentos, além da função de HD virtual.

Sem o Google Tradutor, o usuário pode optar por conhecer o Tradukka, com 53 idiomas e um motor de câmbio entre moedas. O MapQuest é alternativa ao Maps. Mais do que traçar rotas, os usuários podem comentar sobre as localidades. E quando o Youtube cair, há o Vimeo e o DailyMotion.


FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1209953

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