EM BATURITÉ
Irmãs cearenses perdem prova por suposto erro de fiscal
19h19 | 08.11.2014
As irmãs Lorena e Lorência foram barradas por supostamente não terem o nome na listagem da sala
As irmãs Lorena e Lorência, residentes em Baturité, a 100 KM de Fortaleza, até chegaram a resolver boa parte do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicado neste sábado (8), porém não terão os pontos computados. Isso porque, devido a um erro do fiscal de prova, as garotas só puderam entrar ao local de aplicação do exame às 14h. Os portões fecharam às 12h.
Prevenidas, as estudantes chegaram ao Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFCE) de Baturité, onde realizariam o exame, com meia hora de antecedência. No entanto, ao buscarem a sala demarcada no cartão de inscrição, as jovens foram impedidas de responder o teste, pois os nomes não constavam na listagem de alunos. Após buscar outras salas e até mesmo outro local de prova, Lorena da Silva Figueiredo, de 22 anos, e Lorência da Silva Figueireso, 20, desistiram.
"Eu cheguei às 11h30 e um dos ficais me informou que a sala que eu estava era errada. Me mandaram ir para outra sala, e também era errada. Então me mandaram para outro local. Chegando lá, rodamos todas as salas e nossos nomes também não estavam lá. Então resolvemos ir para casa", relata Lorena.
Ao chegar em casa, as estudantes explicaram o fato a um tio, que é professor. Indignado, ele resolveu ir novamente ao local de prova com as jovens. "Voltamos, e lá conferiram que os nossos nomes estavam em uma segunda lista, por volta de 14h", explica Lorena. "Entramos e fomos para uma sala reservada", completa.
Mesmo irregularmente, o fato parecia ter sido resolvido. No entanto, após cerca de 1h, as provas das jovens foram confiscadas. "Quando foi às 15h, eles pegaram meu celular e ligaram para meu tio, dizendo que não poderíamos continuar a fazer a prova", afirma. "Eu já estava terminando. Faltavam apenas 3 páginas", completa Lorena.
Família pedirá cancelamento do exame
Conforme Cleiton Lima, tio das garotas, um Boletim de Ocorrência (B.O.) já foi registrado, mas essa não será a única medida tomada. "O responsável pelo local disse que ia detalhar tudo que aconteceu na sala, então eu vou tentar conseguir a ata da sala. Vou juntar tudo que tiver de evidências, para então procurar o Ministério Público e tentar o cancelamento do exame", afirma Cleiton.
Tanto a equipe de fiscais que estiveram atuando no local de prova como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) foram procurados para esclarecer o caso, porém a reportagem não obteve respostas até a publicação da matéria.
DN
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