Um único mosquito Aedes aegypti, quando infectado pelo vírus da dengue, pode transmitir a doença para até 300 indivíduos. O dado é assustador e carece de atenção, posto que o período chuvoso é tradicionalmente responsável pelo maior índice de contaminação da doença. Por isso, autoridades da saúde se reuniram na manhã de terça-feira (24) para traçar um plano de contingência da doença.
O plano de contingência montado pela Fundação Municipal de Saúde visa reduzir o número de casos de dengue ou febre chikungunya e conter a quantidade de óbitos causados pela doença.
“Para fazer o plano funcionar, precisamos saber onde os criadouros do mosquito estão instalados e também estudar a notificação de pacientes infectados com a doença.
A partir daí é feita uma inspeção minuciosa na residência e locais de convívio comum da pessoa”, explica a diretora de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde, Amariles Borba.
A notificação da doença deve ser feita pelos médicos nas unidades de saúde e é um dos fatores principais para a identificação de focos do mosquito e combate à dengue e febre chikungunya.
“Esta é a ação mais importante a ser tomada, pois aí você vai conseguir que menos pessoas sejam infectadas”, destaca Amarilis. A diretora aponta que, nos dois casos de febre chikungunya que ocorreram em Teresina nos últimos meses, a notificação dos pacientes foi essencial para evitar que a doença se alastrasse pela cidade.
É importante citar que o mosquito Aedes aegypti transmite as duas doenças e o mesmo indivíduo pode ser infectado com as duas síndromes ao mesmo tempo. “Após picar uma pessoa infectada, o mosquito contaminado pelo vírus pode infectar até 300 pessoas.
Claro que nem todas elas irão adoecer, mas mesmo assim é importante realizar a notificação de casos da doenças. E os médicos e profissionais de saúde precisam criar uma cultura de reportar os casos à Fundação Municipal de Saúde”, aponta Amariles. Vale lembrar que todas as pessoas estão sujeitas a contraírem dengue ou febre chikungunya.
Em caso de suspeita da doença, o melhor a se fazer é manter-se hidratado, pois minimiza os efeitos adversos de ambas as doenças. O soro de hidratação oral é disponibilizado gratuitamente em todas as unidades de saúde do Estado e não necessita de prescrição médica.
Tanto a rede médica quanto a população esteja munida de conhecimento de como evitar a dengue e febre chikungunya para que os efeitos da epidemia sejam reduzidos. “Nunca é demais lembrar que a população deve fazer sua parte.
Eliminar todos os focos de água parada das residências é um passo fundamental. Além dos métodos tradicionais, vale a pena inspecionar banheiros domésticos, pois contém vários locais ideais para a reprodução do mosquito. É uma inspeção rápida que pode salvar pessoas”, pontua.
Febre chikungunya é uma doença parecida com a dengue. Seu modo de transmissão acontece pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado, o mesmo da dengue.
Seus sintomas são semelhantes: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Entretanto, o pior trunfo da doença são o inchaço e dores nas articulações, que podem inclusive ser destruídas pelo vírus.
Porém, a grande diferença está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.
Embora as pessoas possam se queixar de dor corporal difusa na presença na dengue, a dor é muito mais pronunciada e localizada nas articulações e tendões nos casos de febre chikungunya.
FONTE: http://www.meionorte.com/noticias/unico-mosquito-aedes-aegypti-pode-infectar-ate-300-pessoas-266203
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