Quando feito no período certo, o exame possibilita o diagnóstico e tratamento precoce de algumas doenças. Contudo, menos de 20% dos pais fazem o procedimento correto
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Neste sábado (06.06) é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, maneira que ficou conhecida de chamar a triagem neonatal: exame que possibilita o diagnóstico de algumas doenças a partir da retirada de algumas gotas de sangue do recém-nascido.
Este procedimento é essencial para que o bebê possa ser tratado precocemente. Contudo, menos de 20% dos meninos e meninas triados chegam aos serviços de saúde no tempo oportuno (entre o 3º e 5º dia de vida).
Atualmente, em Pernambuco, quatro doenças podem ser descobertas com o teste e duas delas, se não tratadas a tempo, podem deixar sequelas irreversíveis na criança, como retardo mental.
Apesar do risco, dados de 2014 apontas que do total de crianças que fizeram o teste do pezinho naquele ano, apenas 19,93% foram triadas no período ideal.
O percentual de exames feitos em 2014, mesmo que tardiamente, aumentaram em relação aos anos anteriores. Dos 143.076 bebês nascidos em Pernambuco, 102.825 (71,8%) fizeram o teste do pezinho.
Mas, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, ainda é preciso ampliar para que todos os nascidos em Pernambuco sejam testados.
“O teste do pezinho é gratuito e está disponível em mais de 200 postos de coleta distribuídos em 180 municípios pernambucanos. Quando algum recém-nascido tem resultado suspeito para alguma das doenças triadas, há uma articulação com a atenção primária do município e o posto de coleta. O objetivo é a busca ativa do recém-nascido, visando a confirmação do diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento”, afirma a coordenadora estadual de Triagem Neonatal da SES, Telma Costa.
Para fazer o teste, os pais ou responsável devem levar um documento de identificação com foto, a certidão de nascimento da criança ou declaração de nascido vivo entregue pela maternidade na alta (via amarela) e o comprovante de residência.
O exame fica pronto em até dez dias após o recebimento da amostra.
A Secretaria Estadual de Saúde em Pernambuco divulgou uma lista com informações sobre as doenças que podem ser acusadas no exame, bem como os locais de tratamento. Confira abaixo:
Doenças
Doença Falciforme – é uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil e apresenta já nos primeiros anos de vida manifestações clínicas importantes, o que representa um sério problema de saúde pública no país.
O diagnóstico precoce possibilita a instituição de medidas profiláticas diminuindo complicações e óbitos. Quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor a qualidade de vida e maior sobrevida do paciente.
A forma mais comum e grave da doença é a homozigótica SS, denominada anemia falciforme.
Fenilcetonúria – é uma doença genética causada pela ausência ou diminuição da atividade de uma enzima que metaboliza o aminoácido fenilalanina presente no leite e em outros alimentos protéicos.
Sem essa enzima, os níveis de fenilalanina aumentam no organismo, se acumulam e causam lesão cerebral, ocasionando retardo mental irreversível.
A base do tratamento é o controle da quantidade de fenilalanina que pode ser ingerida para manter os níveis deste aminoácido dentro de valores não prejudiciais ao cérebro.
Hipotireoidismo congênito – é causada pela produção baixa ou mesmo nula do hormônio tireoidiano, a doença é considerada a causa mais comum de retardo mental evitável.
Caso não haja diagnóstico precoce nem tratamento, a principal sequela do hipotireoidismo congênito é o retardo mental irreversível.
Fibrose cística – Doença hereditária mais freqüente na população branca. As alterações características da doença são suor com concentração de cloreto de sódio acima dos níveis normais (suor salgado), secreções viscosas e espessas, além de maior suscetibilidade a infecções de repetição nas vias aéreas e de colonização crônica por algumas bactérias.
Devido a essas características é também conhecida como mucoviscidose ou doença do beijo salgado.
Tratamento
A rede de acompanhamento e tratamento encontra-se estabelecida no Hospital Barão de Lucena (fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito), Hemope (doença falciforme e outras hemoglobinopatias) e no Imip (fibrose cística).
FONTE:
http://www.tribunadabahia.com.br/2015/06/06/ministerio-da-saude-atenta-para-importancia-do-teste-do-pezinho
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