Realizada no Brasil desde 2003, a campanha começa em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, a fim de evidenciar a violência sofrida pelas mulheres negras
A cúpula do Senado será iluminada com a cor laranja entre os dias 20 de novembro e 10 de dezembro em apoio à campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. O pedido da iluminação especial foi feito pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
© Agência Senado |
A campanha acontece anualmente desde 1991. Hoje, já são mais de 160 países aderindo ao movimento, que se inicia em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Realizada no Brasil desde 2003, a campanha começa em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, a fim de evidenciar a violência sofrida pelas mulheres negras.
No Senado, há um grupo de trabalho que está planejando várias ações. Participam do grupo representantes da bancada feminina no Senado e na Câmara dos Deputados, do Observatório da Mulher contra a Violência, da Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher, do Comitê de Gênero e Raça, e do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça.
— Esse grupo de trabalho discute desde a ideia, a concepção da campanha até ações mais práticas. Este ano, o principal objetivo é fortalecer a rede de atendimento e proteção à mulher, porque é importante que a mulher não só tenha coragem de fazer a denúncia, mas quando isso acontece, ela precisa que a rede funcione — argumenta Rita Polli, da Procuradoria Especial da Mulher.
Números
Entre 2015 e 2017, o número de mulheres que declararam ter sido vítimas de algum tipo de violência passou de 18% para 29%. Também houve crescimento no percentual de entrevistadas que disseram conhecer alguma mulher que já sofreu violência doméstica ou familiar: o número era de 56%, em 2015, e foi para 71% em 2017. É o que revela pesquisa realizada pelo DataSenado com 1.116 brasileiras, entrevistadas entre 29 de março e 11 de abril deste ano.
Os dados mostram que os agressores mais frequentes, em 74% dos casos, são homens que têm ou tiveram relações afetivas com a vítima: o atual marido, companheiro ou namorado foram apontados por 41% das entrevistadas. Outras 33% disseram ter sido agredidas pelo ex-marido, ex-companheiro ou ex-namorado. Com informações da Agência Senado.
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