Pesquisa mostra que no Brasil 31% dos adultos levam o celular para a cama. Entenda os efeitos na saúde!
A OMS (Organização Mundial da Saúde) acaba de lançar um guia de saúde infantil. A publicação alerta aos pais para não permitirem que crianças com menos de 2 anos tenham acesso ao celular e outros equipamentos. Aos 2 anos de idade ou mais a recomendação é desligar os equipamentos 2 horas antes de dormir. Razões para isso não faltam. A OMS enumera que entre crianças a luz emitida pelas telas atrapalha o sono, predispõe à obesidade, interfere na saúde óssea, metabolismo cardíaco, desenvolvimento de habilidades cognitivas e motoras.
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Pesquisa
Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas a mesma regra vale para adultos, mas 31% leva o celular para a cama. É o que revela uma pesquisa realizada pelo especialista com 814 participantes de 25 a 65 anos.
Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas a mesma regra vale para adultos, mas 31% leva o celular para a cama. É o que revela uma pesquisa realizada pelo especialista com 814 participantes de 25 a 65 anos.
“É claro que existem muitas diferenças entre o organismo de crianças e adultos, mas a luz que que penetra em nossos olhos regula todas as funções biológicas durante as 24 horas do dia, independente da idade”, afirma.
O celular ou qualquer outro tipo de tela digital não deve ser usado antes de dormir, inclusive por adultos, porque emitem luz azul, a mesma que predomina durante o dia, explica. Por isso, observa, avisa nosso cérebro que deve manter o estado de alerta, independente do horário. Resultado: diminui a produção da melatonina, hormônio indutor do sono, secretado apenas no escuro.
Efeitos na saúde
O oftalmologista ressalta que a OMS recomenda a bebês de até 1 ano 17 horas de sono/dia, de 1 a 2 anos de 11 a 14 horas/dia e dos 3 aos 4 anos de 10 a 13 horas/dia. Já a indicação para adultos é bem menor. Varia de e 6 a 8 horas/dia. Adultos que dormem menos ganham peso e têm maior dificuldade de absorção da insulina. Significa que a chance de contrair diabetes tipo 2 aumenta. Do ponto de vista da saúde ocular o diabetes dobra o risco de desenvolver catarata, destaca. Isso acontece, porque a lente do olho é formada por água e proteínas transparentes.
“O acúmulo de glicemia na corrente sanguínea dificulta a absorção de oxigênio pelas células do cristalino que entrma em processo de oxidação. O resultado é a opacificação da lente interna do olho que responde por 49% dos casos de cegueira tratável no país” afirma.
Os principais sinais da catarata elencados pelo médico são:
- Enxergar halos em torno das luzes
- Perda da visão de contraste e de profundidade
- Troca frequente do grau dos óculos
- Dificuldade de enxerga à noite ou em ambientes escuros
- Ofuscamento ou perda momentânea da visão quando os olhos são atingidos por faróis contra no trânsito
O único tratamento é a cirurgia que consiste em substituir o cristalino opaco pelo implante de uma lente dentro do olho.
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