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sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Dia da Cachaça: confira locais para degustar e conhecer a história da bebida, no Ceará

Originada no Período Colonial, iguaria marca gerações e a cultura do Estado.
Museu do Engenho Colonial, em Aquiraz, abriga relíquias
da antiga fábrica da cachaça Colonial — Foto: Divulgação
Nesta sexta-feira (13), é comemorado o Dia Nacional da Cachaça, uma das bebidas mais típicas da região Nordeste. O destilado é conhecido por ser democrático e estar presente desde as mesas de bares mais simples a requintados restaurantes. No Ceará, diversos locais reúnem história e experiência do sabor destilado da cana-de-açúcar.

Localizado no município de Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza, o Museu da Cachaça integra o espaço do iPark Complexo Turístico. Está instalado num casarão construído em 1851 para a família Telles de Menezes, que iniciou a produção da bebida naquela cidade. No local, os visitantes conhecem peças originais de engenho, além de todo o processo de produção da cachaça e da plantação de cana.

“Na visita, conhecem o espaço cenográfico, o ciclo da cana de açúcar no Brasil e também passam por um canavial para ter a experiência e, ao final, encerram num botequim da década de 1930, onde podem fazer degustação e comprar cachaças”, conta a gestora do Complexo, Paula Sena.

Espaços reúnem a história e a tradição da cachaça
, bebida que tem a cara do Nordeste — Foto: Divulgação
Cerca de 50 km dali, em Aquiraz, também na Grande Fortaleza, está o Museu do Engenho Colonial no Engenhoca Parque, que era a antiga fábrica da cachaça Colonial. No local, também é apresentado o ciclo da cana-de-açúcar no Estado, por meio de mais de 1000 peças originais e quadros da década de 1920. A visita termina com degustação e uma lojinha, que abriga uma vitrine com coleção do destilado. Os preços dos produtos variam de R$ 10 a R$ 60.

A diretora do Museu, Claudia Targino, reflete sobre a importância de cultivar a história da cachaça. “Tem uma representatividade muito grande do estado do Ceará, já tivemos muito mais de 100 marcas de cachaça no estado, mas que, aos poucos, foram se acabando”.

De pai para filho

Adentrando mais no interior do Ceará, na Serra da Ibiapaba, está situada a Casa dos Licores, em Viçosa do Ceará. Fundada na década de 1940 por Alfredo Carneiro de Miranda e Teresa Nogueira Mapurunga Miranda, ela servia como meio de sobrevivência da família. No local, o casal produzia artesanalmente a cachaça usada de base para o licor e vendia na sala de casa.

Hoje, quem dá continuidade ao negócio e à tradição é a filha mais velha do casal, Teresa Cristina Mapurunga. “Desde criança eu participava desse processo. Adoro produzir e associar à nossa história. É uma gastronomia bem colonial, que vem de gerações passadas, que foram garantindo a sobrevivência dessa cultura”, conta. Com o aumento da demanda, a produção já não acontece mais na casa e migrou para a chácara da família.

A “terra da cachaça boa” também abrigou o Festival Mel, Chorinho e Cachaça. A edição deste ano aconteceu no mês de junho e reuniu oficinas e palestras relacionadas à bebida, além de programação musical.

São 88 sabores diferentes de licor, feitos à base de frutas, de ervas e os especiais, que levam chocolate, leite condensado e vinho, por exemplo. Os produtos estão disponíveis para venda em quatro tamanhos e custam entre R$ 10 a R$ 35.

A cachaça também faz parte da história de Gildo Nogueira. Seu pai, Senhor Nogueira, abriu o Bar Vitória há 62 anos, em Fortaleza. Ele ficou famoso por adicionar raízes artesanalmente na aguardente, conferindo sabor diferenciado à bebida. Atualmente, Gildo é quem perpetua essa cultura.

Localizado no Centro da capital cearense, o bar recebe diariamente interessados em experimentar a iguaria. De acordo com Gildo, os sabores mais pedidos são os de canela e jatobá. A dose custa R$ 2, enquanto o litro da cachaça é vendido a R$ 40.
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