Empresas de serviços não essenciais que pagavam propina eram privilegiadas na hora de receber os pagamentos atrasados do município, de acordo com a investigação.
Por Gabriel Barreira, G1 Rio - Em 2018, a Prefeitura do Rio passou a ter dificuldades para pagar todos os fornecedores e tinha que escolher quais empresas seriam pagas. Segundo o Ministério Público, a crise foi vista como uma oportunidade: empresários de serviços não essenciais que pagavam propina seriam privilegiados na hora do pagamento, em detrimento de outras firmas."A partir de 2017, especialmente em 2018, a Prefeitura do Rio enfrentou uma crise muito aguda, que foi lida como 'oportunidade' de receber valores espúrios. A partir do momento em que tinha, supondo, R$ 100 milhoes pra pagar e só R$ 70 milhões no caixa criava-se a necessidade de escolher quem pagar. Empresários que faziam serviços não essenciais recebiam os pagamentos mesmo nos momentos de crise e isso acontecia justamente por conta do pagamento de propina", conclui.
O esquema movimentou pelo menos R$ 50 milhões, apesar da "situação de penúria" da administração municipal, nas palavras do subprocurador-geral Ricardo Ribeiro Martins.
Ele afirmou ainda que há indícios de que a "organização criminosa não se esgotaria" ao fim do mandato e, por isso, houve o pedido de prisão.
"Apesar de toda a situação de penúria (da Prefeitura), que não tem dinheiro nem para o pagamento do décimo terceiro, muitos pagamentos eram feitos em razão por conta da propina", disse ele.
Após ter sido detido na manhã desta terça, Crivella negou as acusações e disse ser vítima de "perseguição política". Após a prisão, a Justiça determinou o afastamento do prefeito das funções públicas.
“A prisão se revela espalhafatosa e desnecessária. A defesa confia na pronta reparação desta violência jurídica”, disse Joao Francisco Neto, advogado de Rafael Alves.
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FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/12/23/quadrilha-liderada-por-crivella-usou-crise-como-oportunidade-para-cobrar-propina-de-empresas-que-deveriam-receber-da-prefeitura-diz-mp.ghtml
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