O QUE SÃO LÉSBICAS?
Uma lésbica é uma mulher homossexual, uma mulher que tem atração sexual, física e afetiva por outra mulher. As lésbicas sentem desejos sexuais por outras mulheres, têm romances e relações sexuais com outras mulheres. Não existe uma causa definida para o lesbianismo, assim como não se tem uma causa definida para qualquer tipo de orientação sexual. O lesbianismo sofreu algumas mudanças ao longo dos tempos, ainda que as alterações sejam consideradas mínimas. Antes, era impensável ver duas mulheres na rua a demonstrar o seu amor e hoje, esse cenário já é permitido embora as pessoas continuem a virar a cara em sinal de repulsa. As normas da sociedade não foram concebidas a pensar nestas realidades, daí que seja difícil para as pessoas aceitarem-na. Ao se discutir o lesbianismo, deve-se manter em mente o fato de que as lésbicas, tal como outros grupos, ainda são alvo de muita discriminação. Esta discriminação geralmente começa no próprio lar, depois se estende à escola e, subseqüentemente, ao trabalho.
Atração erótica por indivíduos do próprio sexo. Pode ser episódica (sobretudo na puberdade e na adolescência, em contextos de educação unissexual), preponderante (coincidindo com heterossexualidade) ou permanente. Hoje, considera-se como desvio funcional ainda não totalmente explicado. A Igreja acolhe com delicadeza e prudência as pessoas homossexuais (homens ou mulheres), procurando ajudá-las a vencer as suas tendências desviantes, pela prática da castidade e por tratamentos adequados. Mas, por motivos prudenciais, não aceita candidatos homossexuais ao sacramento da Ordem. Quanto aos actos homossexuais (sodomia, lesbianismo), que radicam no vício capital da luxúria, a tradição cristã consideram-nos intrinsecamente depravados e desordenados, especialmente quando incidem sobre crianças. Em algumas zonas dos Estados Unidos existiam determinados arranjos que permitiam conviver a duas mulheres sem depender de um homem, sendo o mais conhecido o dos casais de Boston.
Com a chegada do século XX surgiram as primeiras organizações que lutavam pelos direitos das lesbianas, como Heterodoxy, sendo criada em 1955 “Daughters of Bilitis”, a primeira organização exclusivamente lésbica. Sigmund Freud, médico vienense, no início de nosso século, vislumbrou a homossexualidade como resultado de conflitos havidos durante o desenvolvimento psicossexual, tentando explicar o homossexualismo masculino como resultado de exagerada ligação edipiana com a mãe. Entendia o mestre que, nessa hipótese, na puberdade, muitos jovens, num processo inconsciente, ante a incapacidade de renunciar à genitora como objeto sexual, chega a identificar-se com ela, tendendo a “transformar-se” nela e a procurar objetos a que possa manifestar afeição, carinho e amor, e de que possa cuidar na forma como foi querido e cuidado. Referentemente ao lesbianismo, Freud entendia que, depois da fase fálica, a mulher sentir-se-ia impelida a trocar o clitóris pela vagina como órgão sexual e a mudar, igualmente, o objeto do seu amor, quer dizer, trocar a mãe pelo pai. Nessa difícil, para não dizer crítica, dupla passagem, que exige um enorme esforço psíquico, viria a jovem a identificar-se com o pai ou com a mãe virilizada e regredir a uma virilidade inconfundível com a fase fálica infantil. Para tudo funcionar normalmente tem que se passar a fase do respeito para a aceitação, do "virar a cara" para o olhar em frente. O caminho para o amor pode estar em qualquer lado, e optar por um relacionamento com alguém do mesmo sexo é uma decisão individual, que as restantes pessoas devem aceitar e respeitar sem críticas ou comentários menos dignos. Este sim é o verdadeiro progresso para a nossa condição social e para a evolução da humanidade.
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