Erecções Matinais - "Tesão do Mijo"
As erecções matinais são muito comuns e, normalmente, são conhecidas como "tesão do mijo" porque as pessoas supõem que elas têm alguma coisa a ver com o aumento da pressão na bexiga durante a noite. Mas não há qualquer prova que assim seja.
Para o efeito, vejamos o que se passa durante uma noite.
O sono normal é constituído pela alternância de dois estágios, fisiologicamente distintos, o Sono Paradoxal ou REM (Rapid Eye Movement ou "Movimento Rápido dos Olhos") e o Sono Lento ou NREM (Non Rapid Eye Movement ou "Movimento Não Rápido dos Olhos"). Durante a noite, existem vários períodos de sono lento e de sono paradoxal.
O sono lento, ou NREM, ocupa cerca de 75% do tempo do sono. Durante este período, não existem movimentos nos olhos e os ritmos respiratório e cardíaco são lentos e regulares.
Durante o sono paradoxal, ou sono REM, os ritmos respiratório e cardíaco aceleram e os olhos movem-se para trás e para a frente por detrás das pálpebras cerradas, em movimentos rápidos e irregulares. Existe ainda uma actividade cerebral semelhante à do estado de vigília. Quando acordadas nesta fase, as pessoas tendem a recordar o que estavam a sonhar. Esta fase, representa 20 a 25% do tempo total de sono e surge em intervalos de sessenta a noventa minutos. É essencial para o bem-estar físico e psicológico do indivíduo.
Durante o sono REM existe ainda uma importante actividade eléctrica muscular, daí surgem as famosas erecções nocturnas/matinais (se acordarmos nesta fase). Nas mulheres, também ocorre um fenómeno semelhante, uma vez que existe uma erecção clitoridiana e também uma vasodilatação vaginal durante o mesmo sono paradoxal. Muitas vezes, a existência deste tipo de erecções permite excluir a hipótese de uma causa orgânica para uma Disfunção Eréctilmasculina, indiciando que a causa deve ser provavelmente psicológica.
Ou seja, as erecções nocturnas são um processo totalmente reflexo. Devem-se ao facto de termos 2 sistemas nervosos: o “parassimpático”, que gere o relaxamento do corpo, e o “simpático”, que se ocupa da sua actividade. O “parassimpático” comanda a erecção, enquanto que o “simpático” a anula. Os dois sistemas estão permanentemente em oposição. Durante o sono paradoxal, o sistema nervoso “simpático” fica de vigia, permitindo que o “parassimpático” entre em acção. E é assim que se torna possível o aparecimento da erecção.
Diversos estudos têm demonstrado que quer um homem passe várias semanas sem ter sexo, quer se tenha masturbado pouco antes de adormecer, a duração das erecções nocturnas mantém-se inalterada.
As erecções nocturnas têm como "missão" fazer a "manutenção do pénis". Como o sono paradoxal dura, aproximadamente, vinte minutos por ciclo, e como existem cinco ciclos por noite, temos cerca de cem minutos de erecção por noite em que o organismo se vai auto-regular e "ver se está tudo em ordem".
Quanto à famosa expressão "tesão do mijo" felizmente não tem cabimento, imagine o que seria se sempre que um homem tivesse vontade de urinar tivesse uma erecção...
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FONTE: TERAPIAS SEXUAIS
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