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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Não culpe os OUTROS por SUA INFELICIDADE

NÃO CULPE OS OUTROS POR SUA INFELICIDADE

 

Assuma a responsabilidade por seus fracassos


Algo comum nos relacionamentos é encontrarmos pessoas que culpam o parceiro por fracassos e frustrações suas, jogando nele a responsabilidade por sua infelicidade.

Convivem por anos acumulando pequenas frustrações, abrindo mão de mais coisas do que gostariam, deixando de realizar atividades que proporcionavam prazer e alimentavam sua autoestima, sempre em nome do casal: já que o outro não gosta disso, para evitar brigas, abre-se mão do desejo. Isso pode ser uma grande armadilha.
  
Com o tempo esses espaços vazios vão se avolumando, causando cada vez mais uma sensação de incompletude e insatisfação generalizada, que acaba por interferir em outras áreas da vida pessoal.

Ao abrirmos mão de algo em nome do casamento, temos que ter a consciência da escolha que estamos fazendo no momento, se é isso realmente o que queremos, ou se não há outra saída alternativa.

A relação a dois exige concessões, é claro, pois agora não estamos mais sozinhos para tomar decisões.

O outro deve ser levado em consideração na maioria dos assuntos, e muitas vezes aceita fazer algo que nem queria, mas com os argumentos do cônjuge acaba sendo convencido e muda de idéia.

Na maioria das vezes, não se arrepende.

Aprendemos muito através da convivência a dois, nosso parceiro pode nos abrir horizontes antes não imaginados ou temidos por serem desconhecidos. 

O problema aparece quando um está sempre abrindo mão de seus desejos em função do outro que não se dispõe a acompanhá-lo em certas situações ou que não o apóia quando este precisa de uma confirmação ou um incentivo.

Se ficar dependendo da posição do outro para a realização do que quer, corre o risco de deixar muitas realizações para trás, e o pior, culpar eternamente o cônjuge por sua incapacidade de enfrentar as coisas sozinho. 

Vamos a um clássico exemplo muito citado pelos casais que atendo: um gosta de dançar, o outro não.

Acabam nunca saindo para dançar porque chega a ser algo desagradável acompanhar o parceiro que nem o ritmo da música consegue seguir.

O que fazer?

Bem, em primeiro lugar tente convencê-lo a fazer umas aulas de dança, pois pode ser que ele acabe pegando o gosto por algo que, por não saber fazer, encara com má vontade e rejeita.

Isso é o tipo da coisa que aproxima os casais: um ambiente onde todos estão no mesmo barco , aprendendo, divertindo-se, ouvindo música, relaxando o corpo, deixando a sensualidade aparecer, o que pode ser uma ótima oportunidade de aumentar a intimidade do casal.

Agora, se mesmo com a tentativa o interesse não for despertado no outro, então...

Vá você sozinho!

Por que não?

Escolha um lugar adequado onde possa satisfazer sua vontade de vez em quando, a fim de não guardar essa frustração dentro de si pelo resto da vida.

O parceiro é ciumento?

Bem, ele terá que lidar com isso.

Muitos outros são os "desencontros" comuns na vida a dois, o que nos força a estar sempre negociando alternativas para nos adequarmos uns aos outros.

Mas lembre-se sempre de olhar para dentro de si e checar qual a sua parcela de responsabilidade na realização de algo, antes de jogá-la nas costas do cônjuge. 

Marina Vasconcellos é psicóloga graduada pela PUC SP, com especialização em Psicodrama Terapêutico pelo Instituto Sedes Sapientiae, Psicodramatista Didata pela Federação Brasileira de Psicodrama (FEBRAP) e Terapeuta Familiar e de Casal pela UNIFESP


A morte é uma metamorfose, uma mudança da veste de carne para uma de Luz.


FONTE: TURMA DO BAFÔMETRO

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