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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Sexo casual faz bem ou faz mal? Veja opiniões e dê a sua

Yannik D'Elboux
Do UOL, no Rio de Janeiro
  • thinkstock
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Ainda existe bastante preconceito em torno do sexo casual, como se a prática não pudesse fazer tão bem quanto uma relação acompanhada de sentimentos. Do ponto de vista científico, há poucos estudos destinados a analisar o impacto desse tipo de comportamento na vida de cada um e os resultados até agora foram bastante diversos.

Você faz sexo casual?

Resultado parcial
Motivada por essa lacuna no campo da sexualidade humana contemporânea, a pesquisadora Zhana Vrangalova, psicóloga e atual professora do Departamento de Psicologia da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, resolveu conduzir um estudo para entender como o sexo casual afeta as pessoas.

A pesquisa, realizada com 530 estudantes da universidade Cornell, também em Nova York, revelou que a prática tem impacto positivo na saúde mental quando é feita pelas razões ou motivações certas. Ou seja, quando alguém realmente deseja o sexo casual e busca a relação apenas por diversão ou prazer, por exemplo.

Quando a pessoa procura esse tipo de sexo pelas motivações erradas, como querer agradar alguém ou por vingança, os efeitos são negativos. "Meu estudo mostrou que fazer sexo casual pelas razões erradas leva a um nível maior de ansiedade e depressão, a mais problemas físicos e menor autoestima", disse Zhana Vrangalova, em entrevista ao UOL por e-mail.



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Por mais que o comportamento humano mude e evolua, alguns mitos são perpetuados através das gerações. Quando o assunto é sexo, então, não é nada difícil que um conceito da época da sua avó volta e meia seja citado por alguém como verdade incontestável. Falta de informação, preconceito e dificuldade para abordar o tema são alguns dos fatores que ainda mantêm vivas algumas crenças equivocadas. Veja, a seguir, alguns exemplos. Por Heloísa Noronha, do UOL, em São Paulo (com colaboração de Thais Carvalho Diniz) Didi Cunha/UOL

Aqueles que tiveram a relação sexual esporádica pelas motivações adequadas não apresentaram as condições descritas aumentadas. Segundo a pesquisadora, os dados, coletados em 2010 e publicados este ano, não apontaram diferenças de resultados entre homens e mulheres.

A psicóloga Maria Luiza Araújo, especialista em sexualidade humana e integrante do Ambulatório de Sexualidade do Hospital Moncorvo Filho, da Faculdade de Medicina da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), também acredita que as consequências do sexo casual dependem dos envolvidos e de suas motivações. "Pode ser muito bom para uma pessoa que não quer se ligar afetivamente a ninguém e muito ruim se a pessoa se sentir usada", exemplifica.

Amor e afeto

Para o psicólogo clínico e escritor Frederico Mattos, autor do livro "Como Se Livrar do Ex", da editora Matrix, assim como no sexo com amor, as pessoas são capazes de ter experiências positivas ou negativas no relacionamento casual. Ele destaca que a prática faz mal quando surge de uma atitude autodestrutiva. "É prejudicial quando for uma forma contrariedade pessoal, autopunição ou repúdio a si mesmo, uma maneira de se maltratar", explica.

Para se entregar à prática sem acarretar problemas futuros, o psicólogo afirma que é importante ter clareza do que se quer, sem confundir as expectativas. Quando isso acontece, Mattos diz que esse tipo de sexo pode trazer recompensa emocional. "Afinal, sentir-se desejado sexualmente é gratificante também, independentemente se venha de um relacionamento estável ou casual", reforça.
Maria Luiza ressalta que o sexo casual não funciona para quem precisa de afeto para concretizar uma relação. Ela pontua que essa necessidade é mais frequente nas mulheres. "O sexo casual geralmente tem tesão, mas não tem afeto", fala.

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Confundir desejo com afeto é mais comum do que se imagina. Veja se isso acontece com você, realizando o teste produzido com a consultoria dos psicólogos Diego Henrique Viviani e Oswaldo Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade.

Mulheres x homens

Apesar da pesquisa não indicar distinções nas consequências do sexo casual entre os gêneros, a maneira de lidar com a prática nem sempre é a mesma. Na opinião de Frederico Mattos, para os homens, culturalmente, acaba sendo mais fácil ceder aos desejos sem interferência de barreiras morais. "Além de brigarem com seus demônios pessoais, as mulheres ainda precisam cuidar de uma reputação que potencialmente seria maculada por um comportamento sexual mais livre", analisa.
A psicóloga do Ambulatório de Sexualidade da UFRJ observa que também é mais comum entre as mulheres fazer sexo casual mesmo sem vontade, pela dificuldade em dizer não ou pelo medo de perder o parceiro. "Ela tem receio de o parceiro não a procurar de novo e acaba transando, às vezes, mesmo sem estar excitada", relata Maria Luiza.
Zhana Vrangalova, que também coordena o The Casual Sex Project, site que reúne histórias reais de sexo casual, diz que ainda existe muito preconceito em torno dessa prática sem compromisso. "Porque nós fomos ensinados que isso é ruim. Nós vivemos em uma cultura em que o sexo deve somente acontecer com pessoas que estão em um relacionamento", acredita a pesquisadora.
Para Frederico Mattos, tanto homens quanto mulheres são capazes de experimentar o sexo sem envolvimento. "Podemos desejar estranhos e desenvolver o clímax sexual sem saber de sua intimidade, mas algumas pessoas acham impossível, o que é apenas falta de hábito", diz. 
Quando o sexo casual vale a pena
  • Quando a pessoa quer diversão e prazer
  • Por vontade de explorar e aprender sobre sua sexualidade
  • Se acredita que é uma experiência importante
Quando o sexo casual não vale a pena
  • Se for para sentir-se melhor ou para evitar outros sentimentos desagradáveis
  • Querer agradar alguém (como parceiro ou amigos)
  • Fazer para obter um favor, recompensa material ou vingança
  • Ter esperança que o sexo leve a uma relação duradoura
  • Não querer realmente isso, mas estar de alguma maneira sendo enganado, coagido para o sexo ou muito embriagado para tomar uma decisão responsável
Fonte: Zhana Vangralova – Psychology Today 
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Existem formas de prazer sexual que você nem imagina; conheça 22 curiosas24 fotos

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Você já ouviu falar em parafilia? É uma forma de obter desejo, excitação e prazer sexual de modo incomum, pelo menos para a maior parte das pessoas. Não se trata de perversão nem de doença, mas de um comportamento específico que nem sempre envolve a relação sexual como ela é tradicionalmente conhecida. Há quem as utilize como um tempero no sexo e quem só alcança o clímax com essas práticas. No segundo caso, especialistas dizem que os indivíduos devem buscar ajuda se desenvolverem uma fixação ou se a forma exclusiva de obter satisfação começar a causar sofrimento ou prejudicar as atividades cotidianas. Há parafilias que ferem a moralidade e são tidas como psicopatologias, como a pedofilia. As descritas a seguir são variações sexuais que envolvem práticas diferentes e não colocam a vida dos envolvidos (lembrando que a consensualidade é primordial) ou de terceiros em risco. Por Heloísa Noronha, do UOL, em São Paulo Leh Latte/UOL
Leia mais em: http://zip.net/blphGk


FONTE: BOL

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