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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

"Acharam ele negro demais", diz casal gay após adotar criança rejeitada por casais hetero

BRASIL

Gilberto Scofield Jr e seu companheiro, Rodrigo Barbosa, adotaram PH, de quatro anos

Há quatro meses, o jornalista Gilberto Scofield Jr e seu companheiro, Rodrigo Barbosa, adotaram PH, de quatro anos. A criança, filho de pais alcoólatras, a criança PH vivia em um abrigo na cidade de Capelinha, em Minas Gerais. Desde que sua mãe morreu e seu pai não quis ficar com ele. Antes deles, uma outra mulher já tinha adotado a criança, mas acabou sendo denunciada pelo próprio irmão e por uma vizinha por maus tratos, o que obrigou a Justiça a intervir, devolvendo-o de novo ao abrigo.

Em carta publicada no blog 'Ser mãe é padecer na internet', do portal Estadão, Scofield explicou o processo de adoção e os desafios da paternidade. Ainda segundo o jornalista, antes da adoção, PH foi rejeitado por três casais heterossexuais, que alegaram que ele era "feio" ou "negro demais".
Gilberto Scofield Jr e seu companheiro, Rodrigo Barbosa, adotaram PH, de quatro anos
"Antes de nós, três casais heterossexuais já haviam visitado PH no abrigo e também o rejeitaram: dois porque o acharam “muito feio”. O terceiro porque, para eles, PH era “negro demais”. Hoje, nós completamos quatro meses com ele no Rio, em nossas vidas. Ele está num pré-escolar, frequenta aulas de natação e ginástica e não poderia estar mais feliz com as novidades da nova vida. É um exercício especial de paternidade, aquela busca delicada entre dar a ele a sensação de pertencimento e acolhimento que ele precisa numa família que nunca teve e os limites que um menino de (agora) cinco anos precisa num momento em que testa tudo em relação à autoridade dos pais. Precisamos dar amor e ensinar o que é amor. Mas precisamos educar. Não faz parte de nosso planos criar um pequeno tirano", postou na coluna.

Os dois foram habilitados pela Vara de Família do Rio de Janeiro em julho, e três meses depois, uma criança estava estava dentro do perfil do casal. "Partimos, com os corações aos pulos, eu e meu companheiro de 12 anos, numa viagem que nos pareceu interminável. PH estava lá: um menino de quatro anos que foi se aproximando desconfiado, mas que depois de 15 minutos, já estava brincando alegremente de carrinho com a gente. Nossos corações se encheram de esperanças, era emoção demais, carência demais de um lado e do outro, vontades súbitas de cair em prantos a troco de nada", relatou.  

De quebra, Scofield mandou um recado para o presidente da Câmara dos Deputados e defensor do Estatuto da Família, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Não, deputado Eduardo Cunha. A paternidade virtuosa não é um monopólio da heterossexualidade. E caso a sua religião não pregue a tolerância, preste atenção num fato muito simples: toda a criança adotada por um casal de gays ou de lésbicas foi abandonada/espancada/negligenciada por um casal heterossexual, esse mesmo que o senhor julga serem os únicos capazes de criar filhos 'normais'. "

FONTE:
http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/acharam-ele-negro-demais-diz-casal-gay-apos-adotar-crianca-rejeitada-por-casais-hetero/

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