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terça-feira, 23 de junho de 2015

Obama diz que povo americano ainda não se curou do racismo

MUNDO
""E não é só uma questão de não ser politicamente correto dizer 'nigger' em público. Essa não é a medida para saber se o racismo existe ou não", disse Obama

Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)

Em entrevista para um podcast na internet, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que os EUA não superaram seu histórico de racismo. "Nós não estamos curados do racismo", declarou, cinco dias após um jovem branco matar nove pessoas em uma igreja afro-americana de Charleston (Carolina do Sul).
O crime assumido por Dylan Roof reabriu os debates sobre questões de racismo e política de porte de armas no país. "E não é só uma questão de não ser politicamente correto dizer 'nigger' em público. Essa não é a medida para saber se o racismo existe ou não. Não é só uma questão de óbvia discriminação. As sociedades não apagam, de um dia para o outro, tudo o que aconteceu nos últimos 200 a 300 anos", completou.
(Foto: AFP)
O presidente norte-americano disse que as atitudes em relação ao racismo melhoraram significativamente desde que ele nasceu, de uma mãe branca e um pai negro, e que o legado da escravidão "é uma longa sombra que ainda faz parte do nosso DNA". Obama também expressou frustração em relação a política de porte de armas nos EUA. "O poder da NRA (Associação Nacional de Armas) no Congresso é extremamente forte", disse, referindo-se ao que teria impedido que o controle de porte de armas avançasse na pauta mesmo após o tiroteio em uma escola primária em Connecticut, em 2012.

"Eu tenho de falar, após o que ocorreu em Sandy Hook, quando 20 crianças de seis anos foram assassinadas por uma arma e o Congresso não fez literalmente nada - sim, isso foi o mais perto que já estive de me sentir enojado", declarou.
Obama afirmou que é importante respeitar que a caça esportiva é relevante para muitos portadores de armas nos EUA, mas que é preciso compatibilizar essa tradição "com algum senso comum que previna um jovem de 21 anos que está bravo ou confuso com alguma coisa, ou é racista, e, de repente, entra em uma loja de armas e pode causar um grande mal". A entrevista aconteceu em meio ao avanço do movimento que pede a remoção da  bandeira da Confederação, polêmico símbolo do sul escravagista dos Estados Unidos.
Autoridades, incluindo o prefeito de Charleston, Joseph P. Riley, e o senador Marlon Kimpson, do Norte de Charleston, exortaram para que os legisladores votem o quanto antes para derrubar a bandeira que está em frente a Assembleia Legislativa de Columbia, capital da Carolina do Sul. O pleito recebeu apoio da governadora Nikki Haley.
"Não vamos permitir que este símbolo nos divida mais. O fato de que seja usado para odiar, o fato de que doa em tanta gente, é suficiente para retirá-la dos jardins do Capitólio", disse em entrevista coletiva. Em diversas oportunidades Obama afirmou que a bandeira confederada "pertence ao museu", postura reforçada pelo porta-voz da Casa Branca esta semana. 

FONTE;
http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/obama-diz-que-povo-americano-ainda-nao-se-curou-do-racismo/

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