A Polícia apura se Antônio Nardoni, avô paterno da menina, participou da morte da neta, em São Paulo
O pedido de anulação do júri feito pela defesa visa incluir um parecer técnico e uma animação feitos em 2013 pelo perito norte-americano James Hahn, diretor do Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade George Washington. O parecer mostra que as marcas nos pescoço de Isabella "não são de mãos humanas".
A Justiça de São Paulo condenou o casal Nardoni à prisão pela morte de Isabella, em março de 2010. Alexandre recebeu pena que foi reduzida para 30 anos, 2 meses e 20 dias, e Anna Carolina, a 26 anos e 8 meses. Os dois estão detidos em Tremembé, interior do estado.
Na noite de 29 de março de 2008, Isabella Nardoni, 5 anos, foi encontrada morta no jardim do Edifício London, em São Paulo. A acusação afirmou que a madrasta asfixiou a criança, depois de uma discussão com ela, e o pai a jogou da janela do sexto andar do prédio. O casal sempre negou a autoria do crime. Os dois afirmavam que um invasor, nunca identificado, matou a menina.
A acusação solicita que a polícia faça uma investigação para averiguar o envolvimento do avô paterno de Isabella no homicídio.
Após oito anos, o caso continua sem desfecho/DIVULGAÇÃO |
Nesta terça-feira, 29, o caso Isabella Nardoni completa oito anos. A defesa do casal Alexandre e Anna Carolina lançou um último recurso que pede a anulação do júri responsável pela condenação do pai e da madrasta por assassinato da menina.
Paralela a esse movimento da defesa, a Polícia Civil, recentemente, iniciou um novo inquérito para apurar se o avô paterno da criança participou do crime.
“A defesa aguarda o julgamento do Supremo, que vai decidir sobre a nulidade do processo, haja visto que o casal já foi condenado pela mídia e opinião pública antes mesmo de ter sido julgado. Nos Estados Unidos, isso já caberia um novo júri”, disse advogado que defende o casal, Roberto Podval, em entrevista ao G1.
“A defesa também pediu a rediscussão do tempo da pena. Espero que os pedidos sejam julgados até o fim deste ano”, acrescentou ele.
Argumentos da Defesa
O pedido de anulação do júri feito pela defesa visa incluir um parecer técnico e uma animação feitos em 2013 pelo perito norte-americano James Hahn, diretor do Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade George Washington. O parecer mostra que as marcas nos pescoço de Isabella "não são de mãos humanas".
Toda essa análise foi solicitada por Roberto e pela advogada e perita Roselle Sóglio. O 'laudo particular' de 65 páginas averiguou trabalho da polícia, do Ministério Público (MP) e da Superintendência da Política Técnico-Científica Instituto de Criminalística (SPTC) de São Paulo.
‘Novo laudo’
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No parecer foram usadas fotos e até mesmo moldes feitos das mãos de Alexandre e Anna Carolina. Os advogados de defesa afirmaram que o novo laudo reforça a tese da defesa de que as provas seriam insuficientes para condenar os Nardoni.
Segundo o perito, a falta de marcas de polegares na frente do pescoço evidencia que Isabella não foi esganada por mãos e dedos humanos. Contudo, o relatório não sugere o que poderia ter provocado os ferimentos, mas os advogados apontam que os machucados no pescoço seriam consequências da queda.
Condenação
A Justiça de São Paulo condenou o casal Nardoni à prisão pela morte de Isabella, em março de 2010. Alexandre recebeu pena que foi reduzida para 30 anos, 2 meses e 20 dias, e Anna Carolina, a 26 anos e 8 meses. Os dois estão detidos em Tremembé, interior do estado.
Relembre o caso
Na noite de 29 de março de 2008, Isabella Nardoni, 5 anos, foi encontrada morta no jardim do Edifício London, em São Paulo. A acusação afirmou que a madrasta asfixiou a criança, depois de uma discussão com ela, e o pai a jogou da janela do sexto andar do prédio. O casal sempre negou a autoria do crime. Os dois afirmavam que um invasor, nunca identificado, matou a menina.
Avô paterno
A acusação solicita que a polícia faça uma investigação para averiguar o envolvimento do avô paterno de Isabella no homicídio.
No fim do ano passado, o Ministério Público fez um pedido para o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) instaurar um novo inquérito do caso. O pedido surgiu após o depoimento de duas novas testemunhas que denunciaram a suposta relação do advogado Antônio Nardoni, avô da menina, com a morte da neta.
Redação O POVO Online
FONTE: OPOVO
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