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domingo, 27 de outubro de 2013

Voo para longe

PELO MUNDO

Voo para longe

27.10.2013

Atletas cearenses brilham em gramados brasileiros e do exterior exibindo o talento não reconhecido em casa

No momento em que essa matéria estava sendo escrita, muito provavelmente um jogador cearense estava fazendo as malas, levado por algum empresário ou olheiro. Dentro da lei, é bem verdade. O destino: algum grande clube do Brasil ou do mundo.

Gegê partiu ainda cedo para o Rio de Janeiro, onde brilharia no Botafogo Foto: Futura Press
A rapidez com que ocorrem as transferências de atletas ´cabeça chata´ ocorre na razão inversa da lentidão com que são descobertos por dirigentes locais, mais ávidos por importações de jogadores do que pela garimpagem de valores da nossa terra.

Esse panorama faz com que surjam na boca dos torcedores frases do tipo: "esse jogador aí é cearense? Como nunca ouvimos falar dele por aqui?". Pode ocorrer de o atleta ir muito cedo para o Sul do País, mas, na maioria das vezes, eles vão exatamente porque não têm o que fazer aqui. Nem quem olhe para eles.

Com certeza, os torcedores cearenses não conhecem a fundo a história de jogadores como Gegê, meia-atacante do Botafogo; Eduardo, meia-esquerda do elenco profissional do Fluminense e o seu colega, também cearense, Íkaro Mychel, do Sub-20 do tricolor carioca. O artilheiro da Série A, Ederson, do Atlético/PR, é um nome que aparece como uma exceção à regra, pois é mais conhecido que os outros. E o que dizer do lateral Everton, revelação da base do Maranguape e do Ferroviário, e do seu colega, o também lateral Ceará, ambos do atual líder da Série A, Cruzeiro? Há também o meia Everton, vendido pelo Fortaleza para o Grêmio como moeda de troca. Raphael Stard, um garoto com duas convocações para a Seleção Brasileira Sub-15 é outro. Sem esquecer também de Ari, do Kasnodar da Rússia, e dos irmãos, filhos do lateral Caetano, Ronny (Hertha Berlim) e Raffael (Borussia M´gladbach), ambos no futebol alemão.

Em comum

Todos eles têm em comum o sangue cearense correndo em suas veias e a tiveram também alguém que lhes desse uma boa oportunidade na vida.

Meia Eduardo, hoje no Fluminense, é um dos muitos atletas cearenses que não encontraram seu devido espaço no futebol local FOTO: PHOTOCAMERA

Faz parte do grupo dos que saíram cedo, o meia-atacante Gegê, destaque do Botafogo aos 19 anos. A história de Geirton Marques Aires é emocionante. Seus pais, Seu João Batista e dona Luiza, eram agricultores da região mais humilde de Mombaça. Partiram com Gegê quando ele tinha apenas um ano e seis meses para o Rio de Janeiro. O menino, com sua paixão por bola, começou a jogar na rua, na Baixada Fluminense, quando foi visto por um empresário, de nome Cláudio, que passava pelo local. Esse empresário o levou para o Madureira, onde ele passou três anos, partindo em seguida para General Severiano.

"Sou cearense, mas me criei aqui no Rio", disse Gegê, já com sotaque carioca, mas sem esquecer suas origens. "Depois de ir para o Madureira, me levaram para o Botafogo. Eu nem imaginava que fossem ocorrer todas essas coisas na minha vida. É coisa de Deus", diz Gegê.

"Estou vivendo um momento mágico na minha vida desde que cheguei aqui em São João do Meriti, na Baixada Fluminense. Não esqueci Mombaça e já retornei lá quando tinha 12 anos. Quero abraçar todos os meus parentes de lá", completou.

IVAN BEZERRA
REPÓRTER




FONTE:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1332206

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