TENDÊNCIAS PARA 2014

Ano traz variedade de plataformas

30.12.2013

Próximos 365 dias reservam cenário de eletrônicos de consumo com pluralidade de sistemas
Muito provavelmente você não esteja entre os consumidores que puderam trazer para casa um dos 1,9 milhão de aparelhos de TV 4K (aquele com resolução de imagem quatro vezes superior ao Full HD) que saíram de fábrica em 2013 em todo o mundo. Mas, até o fim de 2014, quem sabe seu lar passe a contar com uma das 12,7 milhões de TVs desse tipo que devem chegar ao mercado. O crescimento desse mercado é uma das tendências em tecnologia aguardadas para o ano que está batendo à porta. Além da chegada da tecnologia 4K, o ano de 2013 foi marcado pela chegada ao Brasil da telefonia de quarta geração (4G), dos primeiros dispositivos inteligentes "vestíveis" (como relógios e óculos). O que esses produtos têm em comum é o fato de que mal chegaram a estar disponíveis a todos os consumidores e, no ano que se aproxima, têm a oportunidade de efetivamente se fazer presente no mercado e ganhar popularidade. O Tecno apresenta a seguir o que o usuário deve esperar de novidade - e de consolidação - no segmento de dispositivos de tecnologia ao longo de 2014.

As novidades que vêm em 2014 trarão ao usuário mais opções para escolher o sistema operacional tanto de seu computador pessoal quanto de seu smartphone
Um dos produtos que devem alargar seu alcance entre os fãs de tecnologia nos próximos 365 dias é o Google Glass, os óculos inteligentes multimídia do Google que se tornaram o principal representante do conceito de computação vestível - que, segundo especialistas, deve se popularizar no novo ano. O dispositivo, que se tornou disponível no mercado em 2013 apenas para alguns usuários selecionados pelo Google - e dispostos a pagar US$ 1.500 pelo novo brinquedinho -, deve ganhar uma versão mais barata e finalmente estar disponível para o consumidor final. A expectativa é que isso seja anunciado em maio, na conferência Google I/O, nos Estados Unidos.


Ainda neste campo da computação vestível, espera-se o aperfeiçoamento dos relógios inteligentes (smartwatches). Assim como aconteceu com o Glass, os smartwatches chegaram ao mercado neste ano, mas com limitações. O Galaxy Gear, da Samsung, por exemplo, ainda depende de um smartphone por perto para dar conta de algumas das funções esperadas do aparelho - além de informar a hora. Suas utilidades aliadas a serviços online devem ser aprimorados, com a associação de suas funções aos recursos de assistentes de voz como o Siri, da Apple, e Google Now, do Google. Quem sabe a chegada de um iWatch também dê uma sacudida nessa categoria. É o ano para que esses dispositivos mostrem realmente suas vantagens e se firmem no mercado de gadgets.

Smartphones

No cenário de renovação do que já temos por aí, os fãs de dispositivos da Apple aguardarão para maio o anúncio do iPhone 6. O smartphone deve seguir a tendência puxada por outras marcas que tornou comuns as telas de 5 polegadas. O que se espera é um iPhone com tela maior que as 4 polegadas do modelo atual. Há rumores de que o próximo tablet da companhia, o iPad, também ganhe em outubro uma versão maior, com tela de 12 polegadas (os modelos atuais têm 9,7 e 7,9 polegadas).

O segmento de smartphones também deve evoluir na qualidade da tela. Os modelos de topo de linha que em 2012 tinham resolução de 720p evoluíram para versões com 1080p. Agora, espera-se que o Galaxy S5, da Samsung, apresente uma tela de 1440p, na rota para termos uma tela 4K cabendo em nossas mãos em 2015. Outra tendência para as telinhas que veremos mais forte no novo ano é o formato curvo, que já estreou neste ano em modelos como o Flex, da LG.

A identificação biométrica, aperfeiçoada para os smartphones - como já acontece no iPhone 5s -, é outro recurso que será visto com frequência em outros modelos daqui pra frente. A função facilita a vida do usuário, que não tem de ficar digitando constantemente suas senhas para destravar o aparelho ou acessar a serviços que exijam esse passe de segurança.

Sistemas variados
A variedade de sistemas operacionais móveis à disposição do usuário é outro ponto de destaque. Além dos nomes fortes desse mercado - Android, iOS e Windows Phone -, começaremos a nos familiarizar com opções como o Tizen, da própria Samsung, o Firefox OS, da Fundação Mozilla, e o Sailfish OS, da Jolla, que devem despontar no segmento de baixo custo.

Junto com essa maior liberdade de escolha no software, também vem a tendência de que os smartphones passem a ter um hardware modular que permita ao usuário escolher o componente que desejar. Projetos para tornar isso realidade já estão em desenvolvimento, como o Phonebloks, do designer holandês Dave Hakkens, e Projeto Ara, da Motorola Mobility (veja matéria na página seguinte).

No mercado de smartphones também se desenha uma ascensão de companhias chinesas com aparelhos de qualidade, contrariando ideia generalizada de que aparelhos desta origem estão mais para plágio do que para inovação. Huawei, Xiaomi, Oppo são alguns nomes que podem ganhar espaço no mercado e na preferência dos consumidores mais dispostos a experimentar algo fora da dicotomia Apple-Samsung.

Cenário pós-PC

A novela da chamada "era pós-PC" deve ganhar capítulos interessantes em 2014. Cada vez mais veremos nas prateleiras PCs com tela sensível ao toque e, no caso dos notebooks, telas destacáveis que permitem servir como tablet.

Essa renovação do segmento de PCs abre as portas para novos sistemas operacionais que acabam ameaçando o reinado do Windows. Enquanto a Microsoft se prepara para lançar o Windows 8.2 - com a volta do botão "Iniciar" e a execução de aplicativos da nova interface em janelas próprias na antiga área de trabalho -, o sistema Chrome OS, do Google, ganha espaço. Antes restrito a notebooks (os Chromebooks) de baixo custo e dependentes de uma conexão com a internet para funcionar, o sistema já está estreando em computadores de mesa e começando a oferecer aplicações offline.

Enquanto o Chrome OS cresce, o Google também expande seus tentáculos com o sistema móvel Android. Já se fala em PCs com o robozinho verde, com a vantagem de conquistar os usuários que já estão acostumados com a mesma interface em seus dispositivos móveis.

Ainda levando em conta as novidades que a Apple deve preparar pelo caminho - como a possibilidade de integração de seu sistema móvel (iOS) para smartphones e tablets com o seu sistema para computadores (Mac OS) -, o prognóstico nunca foi tão ameaçador para Windows, que há até pouco tempo reinava praticamente solitário.

O que vem por aí

Computação vestível - Aparelhos como óculos inteligentes e smartwatches (relógios inteligentes), que já estão no mercado), devem ser aprimorados e começar a despontar a caminho da popularização.

Telas Hd nos smartphones - Os telefones inteligentes ganham telas com resolução cada vez mais altas. O próximo Galaxy deverá ter display de 2560x1440 pixels, superando o Full HD. O caminho está pavimentado para termos telas 4K na palma da mão.

PCs sem windows - Além dos computadores Macintosh que não usam o sistema da Microsoft, ficam mais populares os PCs (notebooks e desktops) com sistema operacional Chrome OS. Espera-se também o PC com o sistema Android.

Lançamentos da apple - Os rumores apontam para a chegada do iPhone 6 com tela maior (entre 4,5 e 5 polegadas) e de um novo tablet iPad com tela de 12 polegadas. 

FONTE:
DIÁRIO DO NORDESTE