EM MEIO À TENSÃO
Câmara convoca quatro ministros
13.03.2014
Foram chamados para comparecer à CFFC Manoel Dias, Gilberto Carvalho, Aguinaldo Ribeiro e Jorge Hage
Brasília A revolta na base aliada na Câmara, liderada pelo PMDB, impôs ontem mais um dia de derrotas ao governo, com a aprovação de vários pedidos de esclarecimentos a dez ministros: quatro foram convocados e outros seis foram convidados a dar explicações sobre os mais diversos temas, principalmente sobre suspeitas que rondam programas e contratos do governo.
Além disso, foi aprovado o convite à presidente da Petrobras, Maria Graça Foster, para que ela dê explicações sobre contratos da estatal com a SBM Offshore, da Holanda.
O festival de convocações e requerimentos foi mais um recado do PMDB e de outros partidos governistas do chamado "blocão" ao Palácio do Planalto, para mostrar a força do grupo nas votações da Câmara.
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Na noite de terça houve um racha no "blocão", durante a aprovação do pedido de criação de uma Comissão Externa da Câmara para investigar negócios da Petrobras no exterior. O PP, ficou a favor do governo, após reunião no Planalto onde dirigentes do partido acertaram a substituição de Aguinaldo Ribeiro no Ministério das Cidades pelo vice-presidente de Governo da Caixa, Gilberto Occhi. Deputados aprovaram convocações a quatro ministros, em comissões da Câmara Federal, ontem, em meio ao clima de rebeldia que rendeu uma derrota ao governo na véspera. Além disso, surgiram convites a outros ministros e à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.
Foram convocados para comparecer à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) o ministro do Trabalho, Manoel Dias; o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que tem status de ministro; o ministro das Cidades, Ribeiro; e ainda o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage.
A CFFC também aprovou convite ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, e à presidente da Petrobras. Já os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo; da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp; da Integração Nacional, Francisco Coelho; e da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, foram chamados por outras comissões da Câmara para prestarem informações sobre as ações de suas pastas.
Ao serem convocados, os ministros são obrigados a comparecem às comissões, sob o risco de serem acusados de crime de responsabilidade. Já no caso dos convites eles podem recusar. Os requerimentos de convocação aprovados ontem, na maioria apresentados pela oposição, mas apoiados por rebeldes da base, refletem o ambiente turbulento na Casa.
O vice-líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), no entanto, minimizou as convocações e afirmou que o momento é de retomar a "normalidade democrática" .
Hage e Carvalho minimizam decisão
Brasília Os ministros Jorge Hage, da Controladoria Geral da União (CGU), e Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, afirmaram ontem ter recebido com tranquilidade a convocação do Congresso para prestar esclarecimentos sobre supostas irregularidades em convênios com organizações não governamentais (ONGs). O ministro do Trabalho, Manoel Dias, também foi chamado. A convocação foi feita um dia depois de o governo ser derrotado pelos parlamentares rebeldes da base aliada, que, capitaneados pelo PMDB, abriram uma investigação sobre a Petrobras. Para Carvalho, a tensão entre o Executivo e o Legislativo não pode ser vista como "o fim do mundo".
Brasília Os ministros Jorge Hage, da Controladoria Geral da União (CGU), e Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, afirmaram ontem ter recebido com tranquilidade a convocação do Congresso para prestar esclarecimentos sobre supostas irregularidades em convênios com organizações não governamentais (ONGs). O ministro do Trabalho, Manoel Dias, também foi chamado. A convocação foi feita um dia depois de o governo ser derrotado pelos parlamentares rebeldes da base aliada, que, capitaneados pelo PMDB, abriram uma investigação sobre a Petrobras. Para Carvalho, a tensão entre o Executivo e o Legislativo não pode ser vista como "o fim do mundo".
"Precisamos aprender de uma vez por todas que, na política, você não pode considerar um fato isolado ou um momento isolado. Como na nossa vida, você tem momentos de mais tensão e de menos tensão. Não é o fim do mundo, insisto. Está nas prerrogativas do Congresso fazer esse tipo de convocação. Quais as razões dessa convocação, não me cabe especular", disse Gilberto Carvalho, que considerou ainda que o depoimento faz parte do jogo democrático.
DIÁRIO DO NORDESTE
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