MEDICAMENTOS MAIS CAROS
Reajuste dos remédios em abril é projetado em 5,68%
13.03.2014
Brasília Entidades que reúnem a indústria farmacêutica estimam um reajuste máximo de 5,68% no preço dos remédios a partir de abril. O reajuste máximo é fixado pelo governo em três patamares, a depender da quantidade de genéricos em cada categoria e, consequentemente, a depender da concorrência em cada grupo.
No grupo um, os medicamentos genéricos representam 20% ou mais do faturamento; no grupo dois, representam de 15% a menos de 20%; e, no três, até 15%. O percentual é um teto, e não costuma ser integralmente repassado ao consumidor, por conta da concorrência entre empresas e dos descontos que normalmente são oferecidos.
Segundo estimativa fechada hoje pelo Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo) e pela Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), os reajustes máximos autorizados devem ficar em 5,68% para o grupo um, de maior concorrência; em 3,35% para o segundo grupo; e em 1,02% para o terceiro grupo, de menor concorrência. O percentual médio, se todos adotarem o teto do reajuste, será de 3,5%.
Análise
Os cálculos são feitos com base em uma fórmula e variáveis publicadas pelo governo. A última variável que faltava para completar a estimativa, explica o Sindusfarma, era o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado ontem. Os percentuais oficiais devem ser publicados este mês.
Os reajustes médios ponderados autorizados no passado foram 4,59% em 2013, 2,81% em 2012 e 4,71% em 2011. Nelson Mussolini, presidente-executivo do Sindusfarma, diz que o custo das empresas com salários e a alta do dólar, em 2013, subiu de 13% a 18%, a depender do peso de insumos importados usados na produção.
Genéricos
Pesquisa do Procon-SP aponta que os medicamentos genéricos são, em média, 56,51% mais baratos do que os de referência na capital paulista. Entre os genéricos, a variação de preços é de até 881,88%. A maior diferença de valores foi verificada com o medicamento Nimesulida, de 100 mg e 12 comprimidos, que custava R$ 1,60 em uma farmácia e R$ 15,71 em outra. Quanto aos de referência, a maior variação foi de 259,99%.
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