'THE ECONOMIST'
Dilma minimiza editorial pró-Aécio
17.10.2014
São Paulo. A presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, minimizou, ontem, o apoio da revista britânica "The Economist" a seu adversário no segundo turno da eleição presidencial, Aécio Neves (PSDB), mas emendou afirmando que a publicação "é ligada ao sistema financeiro internacional".
Perguntada sobre o que achava do apoio divulgado ontem, Dilma disse que "as revistas no mundo inteiro, como as nacionais, têm todo direito de definir as suas opiniões políticas e levá-las aos seus eleitores".
"Sei qual é a filiação da revista 'The Economist', é muito ligada ao sistema financeiro internacional", acrescentou a presidente.
Críticas
No editorial publicado ontem, a revista afirmou que, quando a presidente foi eleita, o Brasil parecia prestes a aproveitar todo o potencial dela, mas que, durante a gestão, a economia estagnou-se e o progresso social desacelerou. Segundo a publicação, Dilma continua favorita a vencer as eleições porque os brasileiros "ainda não sentiram o arrepio econômico em suas vidas".
No texto intitulado "Por que o Brasil precisa de mudança" a revista disse que, após os protestos, "era de se esperar que os brasileiros dispensassem Dilma já no primeiro turno".
"Neves merece vencer. Ele fez uma campanha persistente e provou que pode fazer suas políticas econômicas funcionarem", disse a revista britânica.
Perguntada se o editorial era uma manifestação elitista, a candidata do PT à reeleição afirmou que não. "Eu não diria isso, eu diria que é uma manifestação do sistema financeiro internacional", completou.
O presidente nacional do PT e coordenador geral da campanha de Dilma, Rui Falcão, também minimizou, as críticas da revista e disse que eles "estão fazendo a campanha interessada". "Mas eles não votam, né? Acho que não tem impacto. A população está se definindo nos debates, nos programas de televisão", disse Falcão.
Em 2012, a "Economist" sugeriu que a presidente demitisse o ministro Guido Mantega (Fazenda) devido ao baixo crescimento da economia. Depois da reação de Dilma, em 2013 a revista ironicamente sugeriu que ela mantivesse Mantega no cargo.
FONTE: DN
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