Por
 falta de consenso entre os senadores, a votação da regulamentação da 
lei que ficou conhecida como PEC das Domésticas foi adiada para esta 
quarta-feira, 06. Pela manhã, o presidente do Senado, Renan Calheiros 
(PMDB-AL), havia afirmado que o projeto seria apreciado hoje.
O
 ponto que gerou mais discussão foi o que trata da multa que deve ser 
paga caso o trabalhador seja demitido sem justa causa. Em março, a 
Câmara aprovou um projeto que previa que a multa nesses casos seria de 
40% sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), assim
 como estabelece a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Alguns 
senadores, no entanto, querem que valha o texto original que foi 
aprovado pela Casa em julho de 2013, que estipulava um recolhimento 
mensal de 3,2% sobre o salário, cujo saldo seria repassado ao empregado 
em caso de demissão indevida.
A
 proposta dividiu PMDB e PT. Enquanto o senador Romero Jucá (PMDB-RR) 
defendia que uma multa de 40% iria sobrecarregar as famílias 
empregadoras, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que essa 
mudança representaria uma diminuição nos direitos trabalhistas. O 
petista também argumentou que, pelos cálculos do Ministério da 
Previdência Social, a mudança na regra traria um prejuízo de R$ 700 
milhões por ano aos cofres públicos.
Parte
 dos senadores também quer que a contribuição previdenciária dos 
empregadores seja reduzida de 12% para 8%, como constava no projeto 
original, mas foi rejeitada pelo substitutivo da Câmara.
A
 PEC das Domésticas aguarda regulamentação desde 2013. Ela deu à 
categoria direitos que já estão valendo, como a jornada de 44 horas 
semanais, com pagamento de hora extra e adicional de 50%. Mas há uma 
série de temas, como esse da multa e do FGTS, que ainda dependem de 
aprovação. A tramitação no Senado é a última fase dessa discussão. O 
texto que for aprovado irá diretamente para a sanção da presidente Dilma
 Rousseff.
Fonte: Ceará Agora
 
 
 
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