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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Haddad precisa conseguir 1,5 milhão de votos por dia para vencer a eleição

Para especialistas, só um fato novo de muita repercussão possibilitaria essa reviravolta
(foto: Daniel Ramalho/AFP)
O presidenciável Fernando Haddad (PT) tem testado diferentes estratégias para conseguir os votos que faltam para chegar ao Palácio do Planalto, mas a chance de que ele vire o jogo é baixa, na visão de especialistas. Para ganhar a eleição, o petista precisa reverter a diferença de 15 milhões de votos que o separa de Jair Bolsonaro (PSL), segundo as pesquisas. Isso significa conquistar, pelo menos, 1,5 milhão de votos válidos por dia até domingo, quando os brasileiros irão novamente às urnas — e esses votos têm de sair do total recebido até agora pelo adversário. Pesquisa Ibope divulgada ontem mostra que Haddad tem 43% dos votos válidos (descartados nulos e brancos), o que equivale a 46 milhões de eleitores, caso seja mantida a mesma abstenção do primeiro turno, quando 20,3% não foram às urnas. Está, portanto, 14 pontos atrás de Bolsonaro, que lidera a corrida com 57% — 61 milhões de votos, se usada a mesma métrica.

No primeiro turno, 107 milhões de brasileiros votaram em algum candidato — nulos e brancos não entram na conta, porque são desconsiderados no cálculo final. Se a mesma quantidade escolher um dos dois no domingo, o vencedor precisará de 53,5 milhões de votos para ser eleito. Para Bolsonaro, significa receber mais 4,3 milhões em relação ao que conseguiu no primeiro turno. Para Haddad, 22,2 milhões.   

Mesmo se o petista conquistasse todos os indecisos — 3,1 milhões, segundo a pesquisa Ibope de ontem, mantida a abstenção do primeiro turno —, seria insuficiente para virar. Ele precisaria também tirar votos que hoje são declaradamente de Bolsonaro. Apesar do aumento de 41% para 43% das intenções de voto em Haddad, na comparação com a pesquisa divulgada na semana passada, a missão é difícil, acredita o analista político Murillo de Aragão, da Arko Advice. “Já se admite que possa haver uma subida nos últimos dias. Mas mesmo se, no esforço final, ele conseguir avançar para 45% ou 46%, ainda é improvável que chegue a 50% mais um e ganhe”, avalia. A chance é “muito baixa”, segundo ele, porque as pesquisas mostram um nível de aderência maior a favor de Bolsonaro: 37% dos entrevistados dizem que votam no capitão reformado “com certeza”, contra 31% entre os eleitores do professor.    

Rejeição

Nem o apoio, considerado tardio, de Marina Silva (Rede) e José Maria Eymael (DC), divulgados na última segunda-feira, deve fazer diferença a essa altura. Juntos, eles tiveram 1,1 milhão de votos no primeiro turno, menos do que Haddad precisaria por dia para decolar. Além disso, nem todos os eleitores migram para o candidato do PT — ainda menos este ano, devido ao crescimento do antipetismo. O Ibope divulgou que 41% das pessoas não votariam “de jeito nenhum” em Haddad — uma queda em relação aos 46% da semana passada, mas ainda um pouco maior que a rejeição a Bolsonaro, de 40%. No levantamento anterior, o candidato do PSL era rejeitado por 35% dos eleitores.   
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