COPA DO MUNDO

Igrejas podem ter missa em inglês

06.01.2014

Durante o evento, as missas em Fortaleza deverão ser realizadas em diferentes idiomas. Espanhol está na lista
A preparação de Fortaleza para sediar a Copa do Mundo de Futebol neste ano não inclui apenas grandes obras de mobilidade. A Igreja Católica também vem se organizando a fim de realizar atividades diferenciadas durante este período.

Locais, onde as missas serão promovidas, ainda estão sendo decididos em encontros realizados pela Arquidiocese de Fortaleza FOTO: NATINHO RODRIGUES

A pedido do Papa Francisco, as cidades-sedes do evento devem, nos momentos de acolhimento, promover ações que coibam o tráfico de seres humanos e missas em diferentes línguas com o objetivo de recepcionar os estrangeiros visitantes no País.

Para atender a solicitação, a Arquidiocese de Fortaleza está realizando constantes encontros que definirão as medidas concretas a serem tomadas. Segundo o Padre Gilson Marques Soares, articulador da equipe que trabalhará durante a Copa em eventos religiosos, a expectativa é que a Capital possa cumprir essas recomendações do líder da Igreja.

"Estamos realizando uma pesquisa de padres capazes de presidir missas em diferentes idiomas, como o inglês, espanhol, francês e italiano. A ideia é que as pessoas de outros países se sintam verdadeiramente acolhidos. O acolhimento é uma característica do povo brasileiro, do cearense", explica o padre.

Compromisso
O sacerdote informa que, guiadas, especialmente, pelo Bispo Dom Vasconcelos, indicado pela Igreja como principal referência em Fortaleza durante a realização do evento esportivo, as equipes religiosas realizarão, no mês de fevereiro, um novo encontro, no qual alguns pontos importantes serão refletidos e decididos, a exemplo dos locais onde as missas em diferentes idiomas serão promovidas. "Todas as cidades-sedes da Copa do Mundo estão bastante unidas para que os pedidos do Papa Francisco sejam atendidos por completo", destaca padre Gilson.

A respeito das iniciativas a serem feitas a fim de impedir o tráfico de pessoas humanas, o padre Francisco Ivan Sousa, coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Fortaleza, explica que os religiosos estão aguardando o lançamento da Campanha da Fraternidade deste ano, que acontecerá em fevereiro, para as tomadas de decisões relacionadas ao assunto.

"É uma grande preocupação da Igreja Católica essa problemática recorrente em todo o Brasil. Em Fortaleza, principalmente, essa questão é mais acentuada. A cidade é apontada como um dos locais que estão na mira de pessoas envolvidas nesse crime", comenta o sacerdote.

Segundo padre Ivan, a ideia da Igreja é atuar antes, durante e depois da Copa, providenciando articulações, auxiliando e orientando a população sobre a gravidade do problema. "Não temos ainda ações decididas, mas acredito que devemos nos concentrar em locais de grandes circulação, como Aeroporto, Rodoviárias, Beira-Mar e espaços próximos ao Estádio Castelão", relata. 

FONTE:
DIÁRIO DO NORDESTE