O governador Cid Gomes (Pros) foi convocado ontem “com urgência” para encontro com a presidente Dilma Rousseff (PT), em Brasília. A reunião ocorreria no momento em que era fechado o segundo lote de ministros, cujo anúncio deve ser feito hoje. Entre funcionários do Ministério da Educação (MEC), a indicação do governador cearense já era considerada certa.
Políticos com trânsito no Governo Federal evitaram sacramentar que Cid iria mesmo para a Educação. Porém, confirmavam que ele seria convidado para um ministério, embora sem confirmar a área. Desde a semana passada, já havia a expectativa de que Dilma chamasse Cid a Brasília.
A informação de que Cid foi chamado por Dilma partiu do governador eleito Camilo Santana (PT), na reinauguração do Cine São Luiz, na noite de ontem. A cerimônia atrasou porque o petista, que estava em Sobral, foi chamado às pressas para substituir o atual titular do cargo.
Inicialmente bastante resistente à hipótese de virar ministro, Cid vinha reiterando sua intenção de seguir para temporada nos Estados Unidos, onde seria consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington. Porém, em declarações mais recentes, ele já vinha demonstrando mais abertura à questão.
“Sou de um tempo que não se nega um pedido de um presidente da República”, chegou a afirmar, sinalizando que não recusaria o chamado, caso se confirmasse. Porém, no caso de o convite para o MEC não se confirmar e de ser oferecida uma pasta de pouca envergadura política, é pouco provável que ele aceite o convite.
Durante café da manhã ontem com jornalistas, no Planalto, Dilma comunicou que o novo lote de ministros seria anunciado hoje. Além da expectativa em torno de Cid, devem ser confirmadas as permanências de Arthur Chioro na Saúde, de José Eduardo Cardozo na Justiça e de Ricardo Berzoini nas Relações Institucionais. Hoje no Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto deve ser transferido para a Secretaria-Geral.
O deputado José Guimarães (PT) defendeu a presença de Cid no ministério. Ele ressaltou a importância de haver representação na Esplanada de Ceará e Bahia, estados que deram algumas das mais expressivas vantagens a Dilma na reeleição. O baiano Jaques Wagner (PT) deve ir para Comunicação ou Defesa.
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