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segunda-feira, 3 de março de 2014

Amor por necessidade

Amor por necessidade

Quantas são as vezes que ouço esta frase: “Não sei ficar sozinha, preciso ter alguém...”Uma questão de necessidade! O desejo de ter um relacionamento amoroso é universal. Acreditamos que o amor e a paixão podem libertar-nos do vazio e do medo de nos tornar "inteiros". Logicamente, no âmbito físico, não somos um todo e jamais seremos. Cada um de nós, homem ou mulher, é metade de um todo, e nesse nível o desejo de ser completo manifesta-se por intermédio da atração homem-mulher. Assim, quando nos apaixonamos, imaginamos que a satisfação que o outro nos proporcionará será eterna.



Essa é uma disposição mental "distorcida e inconsciente" que cria a ilusão da salvação no futuro. Entretanto, passados os primeiros estágios da paixão, chega o momento em que a parceira deixa de preencher as nossas necessidades, ou melhor a necessidade do nosso ego. As sensações de medo, sofrimento e falta encobertos antes pelo "encantamento inicial" voltam a aparecer e invariavelmente essa perfeição aparente acaba destruída pelas discussões, conflitos e às vezes até por violência física e emocional.

Ciclos de amor e ódio podem tornar-se tão intensos que nos deixarão viciados na outra pessoa. O medo da perda inicia os ciclos de dependência, possessividade, ciúmes, chantagem emocional, acusações, culpa. Onde está o amor agora? Amor, vício ou dependência? Será que o amor pode transformar-se no seu oposto em segundos? O querer ter alguém deve partir de um desejo bem-intencionado e não da mera necessidade de preencher um vazio, porque a Lei é clara: - a atração entre dois seres obedece a lei espiritual de ressonância rítmica, ou seja semelhante atraí semelhante. Que tipo de amor queremos atrair? Precisamos antes, estarmos prontos e desenvolvidos para atrair o amor que desejamos, porque o amor vem quando não estamos à espera por ele, e quando menos se espera.


Muitos entram em qualquer relacionamento de cabeça, só para não se sentirem sós, e no final acabam quase sempre por sair magoados, feridos e até humilhados fisicamente e emocionalmente de relações, que nem de longe deveriam ter começado. Relações que simplesmente aconteceram por insegurança, vaidade, teimosia ou medo da solidão. No entanto, se nesse "meio tempo" aprendemos que "não ter alguém", não significa "estar só", despertamos também para a dimensão do nosso ser e celebramos a plenitude da nossa existência. No mais, na hora certa, acontece!



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COLABORAÇÃO;CLAU

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