"Estou entrando no sexto mês de mandato, é difícil dizer que não cumpri promessas"
Jornal do Brasil
Questionada sobre críticas da oposição de que não teria cumprido suas promessas de campanha, Dilma declarou: "Como eu estou no quarto, no quinto já, já tenho o quinto completo, estou entrando no sexto mês de mandato, é muito difícil dizer que não cumpri minhas promessas de campanha, eu tenho um mandato para cumpri-las." As promessas completou, foram de fazer o Brasil crescer e continuar a política de distribuição de renda e investimento em infraestrutura.
"Eu fico bastante agoniada (com a inflação), eu acho que é das coisas que mais me preocupam", disse Dilma. "Eu sei que é passageiro, mas eu sei também que, mesmo sendo passageiro como é que, afeta o dia a dia das pessoas."
"Fico preocupada porque eu acho que nós vamos ter que fazer um imenso esforço. E quero te dizer o seguinte: nós vamos fazer o possível e o impossível para o Brasil voltar a ter uma inflação bem estável, dentro da meta", continuou. "Nós estamos esperando que melhore até o final do ano. A gente não pode chegar aqui e jurar, depende de coisas que também nós não controlamos."
CPMF, imposto sobre grandes fortunas e corrupção na Petrobras
Ao ser questionada sobre a saúde, a mandatária ressaltou que o país deixou de ter a arrecadação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) durante o governo Lula, e o tributo destinava R$ 40 bilhões por ano ao setor. Saúde "custa caro" e são necessários recursos para a área, disse.
Sobre a criação de um imposto sobre grandes fortunas, medida defendida pelo seu partido, a presidente disse que "é uma ideia que precisa ser avaliada, como todas boas ideais."
Em relação à situação da Petrobras, comentou que as pessoas que estavam em postos de comando em 2011 não eram de sua confiança. "Não eram pessoas da minha confiança. Quando você sobe ao governo, você coloca pessoas da sua confiança. Bom, a Petrobras não é um barquinho que você vira rapidamente, então passou um ano e eu troquei a diretoria toda e coloquei uma diretoria da minha confiança."
Dilma salientou que a publicação do balanço auditado, comemorado pelo mercado e por especialistas, ajudou a estatal a virar a página.
É a segunda entrevista de Dilma ao apresentador. Ela participou do programa em 2008, como ministra da Casa Civil. Em meados de maio deste ano, ela recebeu uma visita de Jô Soares, e prometeu ir ao programa.
FONTE:
http://www.jb.com.br/pais/noticias/2015/06/13/dilma-defende-continuacao-da-politica-de-distribuicao-de-renda-no-programa-do-jo/
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