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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Não há necessidade de defender quem você realmente é

Nova publicação em Universo Natural

Não há necessidade de defender quem você realmente é

by José Batista de Carvalho
Não há necessidade de defender quem você realmente é universo naturalO medo da rejeição incapacita milhões de pessoas. Ele faz com que o amor não correspondido seja uma tragédia compreendida por todas as culturas. Espiritualmente, você não pode ser rejeitado, a menos que rejeite a si mesmo. Duvido que qualquer mensagem tenha sido tão mal interpretada quanto esta, pois, quando outra pessoa o rejeita, a dor imposta é sentida, e você é a vítima. Sendo assim, para esmiuçar o funcionamento da rejeição, precisamos olhar com mais atenção toda a questão do julgamento. Todo julgamento se resume ao julgamento contra si mesmo. O julgamento próprio assume várias formas, tais como medo do fracasso, um senso de ser vitimado, falta de confiança etc. Na maior parte do tempo há apenas uma vaga sensação de “Não sou bom o bastante”, ou “Não importa o que eu conseguir, na verdade, sou um fracasso”.
Muitas pessoas desenvolvem uma falsa solução. Elas criam uma imagem ideal, depois tentam fazer jus a essa imagem e convencer o mundo de que aquilo é o que são. Uma autoimagem idealizada pode ser tão convincente que você consegue convencer até a si mesmo.

Um self idealizado apresenta-se como um modelo de aceitação. Ouça o que ele lhe diz: “Você está fazendo a coisa certa. Está tudo sob controle. Ninguém pode feri-lo. Apenas continue da maneira como está agora”. Assim, protegido, você não pode fazer nada errado, e, se fizer, suas más ações serão rapidamente encobertas e esquecidas. A beleza de ter uma imagem ideal de si mesmo é sentir-se bem com quem você é. A imagem substitui a realidade dolorosa.
Em intervalos regulares, alguma celebridade, ícone da retidão, em geral um pastor, um padre ou uma personalidade pública respeitável, se envolve em algum escândalo. Não raro esses indivíduos cometem exatamente os mesmos pecados dos quais acusam os outros, sendo a imoralidade o mais típico. Cinicamente, imaginamos que sejam grandes hipócritas que vivem sob uma falsa ética pública para que possam seguir seus vícios em particular.
Na realidade, os ícones decaídos são exemplos extremos de uma autoimagem idealizada. Seus poderes de negação são sobre-humanos. Então, quando as falhas vêm à tona, também surge um senso enorme de culpa e vergonha.
Uma vez que caem, esses santos profissionais perdem-se em extremas reparações públicas. Mesmo no remorso, nada parece real. No entanto, se houvessem recuado ante o espetáculo, o drama todo poderia ter sido evitado.
Uma imagem pessoal idealizada não é uma solução viável. Apenas a autoaceitação é; e, quando isso acontece, não há nada para os outros rejeitarem. Não significa que você será amado universalmente. Alguma pessoa ainda pode se afastar, mas, caso aconteça, você não se sentirá rejeitado. Isso não resultará em ferimento emocional.
Como saber quando se está caindo por um falso senso do self, que é a imagem idealizada? Você terá atitudes como as seguintes:
• “Não sou como aquelas pessoas, sou melhor.”
• “Nunca me desviei do caminho certo.”
• “Deus se orgulha de mim.”
•  “Criminosos e malfeitores nem sequer são humanos.”
• “Todos veem quanto sou bom. Mesmo assim, preciso lembrá-los.”
• “Se eu não tenho pensamentos ruins, por que os outros têm?”
• “Já sei quem sou e o que preciso fazer. Não tenho conflitos.”
• “Sou um exemplo a ser seguido.”
• “A virtude não é a própria recompensa. Quero que minhas boas ações sejam reconhecidas.”
Demolir a imagem ideal de si mesmo é um desafio, porque ela é uma defesa bem mais sutil que uma simples negação. A negação é cegueira; a autoimagem idealizada é pura sedução. A saída é passar por todas as imagens. Não há necessidade de defender quem você realmente é. Seu verdadeiro self é aceitável, não porque você é tão bom, mas porque você é completo. Todas as coisas humanas lhe pertencem.
A aliada mais importante que você tem é a consciência. O julgamento é constritivo. Quando você rotula a si mesmo, ou a qualquer pessoa, como ruim, errado, inferior, indigno etc., está olhando por uma lente limitada. Amplie sua visão e ficará ciente de que todos, por mais falhos, são completos e plenos no nível mais profundo. Quanto mais consciente você for, mais aceitará a si mesmo. Mas não se trata de uma solução instantânea. Você precisa dedicar um tempo para olhar todos os sentimentos que negou, reprimiu e disfarçou. Felizmente, esses sentimentos são temporários; você pode ir além deles. Não há nada a rejeitar, apenas muita coisa a rever. É nesse sentido que figuras como Jesus ou Buda puderam ter compaixão por qualquer um. Vendo a plenitude por trás do jogo de luz e escuridão, eles não achavam nada a culpar. O mesmo se faz verdadeiro para o caminho espiritual que você segue. Conforme se enxergar de modo mais completo, terá compaixão por suas falhas, o que o conduzirá à autoaceitação completa.
Debbie Ford
José Batista de Carvalho | 07/04/2015 às 17:57

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