DINA MARGATO
Mais de 20 mil pessoas foram analisadas durante 12 anos para que se pudesse estudar a relação entre o consumo de chocolate e os problemas cardíacos e eis que se conclui que, independente da pureza do chocolate, este beneficia a saúde. A conclusão pertence a investigadores da universidade escocesa Aberdeen e o estudo foi publicado na revista Heart.
HENRIQUES DA CUNHA/GLOBAL IMAGENS
Consumidores regulares de chocolate apresentaram menos problemas cardíacos
Da análise dos inquéritos feitos a 9214 homens e 11737 mulheres deduziu-se que os amantes do chocolate a ponto de o consumirem regularmente apresentavam características mais jovens, um índice de massa corporal mais baixo, tensão arterial mais equilibrada, e praticavam mais exercício físico. Daí que os cientistas sejam tentados a concluir que as pessoas com maiores problemas cardiovasculares tenham afastado o chocolate da sua dieta.
A avaliação do risco de doença ou da mortalidade por doenças cardiovasculares revela igualmente resultados muito abonatórios para o chocolate. O maior consumo estava associado a um menor risco de padecer de doenças e era 25% menor a taxa de mortalidade.
Outros dos mitos desfeitos relaciona-se com o grau de pureza do chocolate, se com ou mais menos leite, fazia a diferença. Afinal, mesmo o que é composto, sem ser o negro, misturado com leite, traz benefícios para a saúde. "O que pode indicar que não são só os flavonoides, mas também outras substâncias , relacionados possivelmente com componentes do leite, como o cálcio e os ácidos gordos, podem proporcionar uma explicação para esta associação observada", referem os investigadores.
Os autores do trabalho explicam que apesar de se tratar de um estudo baseado na observação, se torna evidente que um maior consumo de chocolate se associa ao menor risco de problemas cardiovasculares. Ainda assim, os investigadores referem que são precisos mais estudos para provar a relação causa e efeito e de que deve haver indivíduos, nomeadamente os doentes obesos, com diabetes, para os quais estas vantagens não fazem sentido.
FONTE: JORNAL DE NOTÍCIAS
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